O abuso de substâncias está relacionado a muitos problemas de saúde, como doenças pulmonares ou cardíacas, condições de saúde mental, sistema imunológico reduzido e câncer.
De acordo com a American Cancer Society, o abuso e dependência de substâncias representam cerca de 30% de todas as mortes por câncer.
O tabaco, por exemplo, está ligado a 80% de todas as mortes por câncer de pulmão e existem também fortes evidências mostrando que o consumo de álcool pode levar a vários tipos dessa doença, tendo como a maioria o de boca, fígado e de cólon.
Tabaco
O tabaco é a causa número 1 de câncer e de morte por câncer; não há nível seguro de uso de tabaco. É mais comumente conhecido por causar a doença no pulmão e representa 80% das mortes por ela. O tabaco consumido em qualquer forma é prejudicial ao corpo; isso inclui cigarros, charutos, cigarros eletrônicos e tabaco de mascar.
A fumaça do charuto é conhecida por ter mais alcatrão e substâncias cancerígenas do que os cigarros e tem a mesma probabilidade de causar câncer, mesmo que a fumaça não seja inalada.
Todos os fumantes de charutos e cigarros expõem seus lábios, boca, garganta e laringe a produtos químicos que são engolidos na saliva. Os cigarros “leves” que são comercializados com baixo teor de alcatrão não são mais seguros do que os cigarros normais.
Além do câncer de pulmão, boca e garganta, o tabaco também pode levar ao câncer de bexiga, rim, fígado, estômago, pâncreas, cólon, reto e colo do útero, e pode até levar à leucemia. O tabaco de mascar, também conhecido como rapé, é uma forma de tabaco sem fumaça que pode resultar em câncer oral, esofágico e pancreático.
O risco de desenvolver câncer também é maior naqueles expostos ao fumo passivo. De acordo com a Cleveland Clinic, a fumaça contém mais de 250 compostos tóxicos e 50 conhecidos agentes cancerígenos.
Os produtos químicos da fumaça do tabaco, mesmo se não inalados diretamente, podem danificar o DNA e levar à doença.
Outros riscos do fumo passivo incluem doenças pulmonares, cardíacas, irritação ocular e nasal e infecções respiratórias e sinusais. As pessoas que fumam são encorajadas a parar o mais rápido possível, e aqueles que foram diagnosticados com a doença podem reduzir o risco de morte ao parar o uso.
Álcool
Hoje, 18 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data destinada a conscientizar sobre danos e doenças que o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode causar, tanto em homens quanto em mulheres e, de acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), uma em cada três pessoas no país consome álcool pelo menos uma vez na semana.
Estudos mostraram uma forte ligação entre o consumo de álcool e o desenvolvimento de vários tipos de câncer. O Programa Nacional de Toxicologia do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA listou o consumo de bebidas alcoólicas como carcinógeno humano e estimou que resulta em 3,5% das mortes por câncer no país.
O consumo moderado a pesado de álcool pode levar a diferentes tipos de câncer de cabeça e pescoço, bem como de esôfago, de mama, colorretal e de fígado.
Mais pesquisas estão sendo feitas sobre a associação entre álcool e câncer e algumas evidências estão mostrando que o álcool pode aumentar os riscos de câncer de melanoma, próstata e pâncreas.
Existe um equívoco comum de que o vinho tinto pode ajudar a prevenir o câncer, mas a pesquisa não encontrou evidências para apoiar isso. O consumo de todos os diferentes tipos de bebidas alcoólicas aumenta o risco de câncer.
Esteroides
Os esteróides anabolizantes são substâncias com efeitos semelhantes à testosterona que são frequentemente utilizadas para aumentar a massa muscular ou melhorar o desempenho físico. Eles podem ser usados para tratar muitas condições médicas, mas muitas vezes são mal utilizados por atletas e fisiculturistas.
O uso de esteróides aumenta o risco de câncer de próstata em homens e de endométrio em mulheres.
Drogas injetáveis
O uso indevido de opioides aumentam o risco de muitos problemas de saúde, mas atualmente não há evidências fortes para mostrar que os opioides causam câncer de forma direta. Porém, o uso por injeção intravenosa pode levar ao desenvolvimento de hepatite, podendo levar a infecções crônicas que podem resultar em câncer de fígado.
Opioides
O câncer é uma doença que enfraquece o corpo e também afeta a saúde mental. O sintoma mais comum em pacientes com câncer é a dor, causada pela própria doença ou pelos tratamentos usados para tentar eliminar as células cancerígenas do corpo.
A dor grave e crônica pode ser tratada e os medicamentos prescritos geralmente incluem opioides fortes. Esses, por sua vez, geralmente causam dependência, mesmo quando usados conforme as instruções, e o uso indevido deles provavelmente levará ao vício.
Qualquer pessoa que toma opioides corre o risco de desenvolver um vício e é por isso que os medicamentos só devem ser prescritos quando forem absolutamente necessários. A tolerância aos opioides ocorre rapidamente e há risco maior de dependência em pacientes com câncer.
Nem todos os pacientes com câncer que tomam opioides prescritos se tornarão viciados, mas é importante estar atento aos sinais que podem indicar abuso de substâncias.
Prevenir a dependência de drogas em pacientes com câncer envolve garantir que os medicamentos sejam tomados apenas conforme prescrito e incluir outras abordagens terapêuticas para o controle da dor.
Obtenha ajuda com o vício
Se você ou um ente querido está lutando contra esse problema, a hora de obter ajuda é agora! Muitos programas de reabilitação têm experiência no tratamento de pacientes com câncer e eles podem te ajudar.
Além disso, fica também o aviso: é melhor prevenir do que remediar. Não espere o câncer chegar para você parar de usar drogas, previna-se! O melhor é não fazer uso de drogas e, se você já faz, pare o quanto antes!
Fonte: Addiction Centers