Há alguns anos atrás um pai amoroso relatou que um de seus colegas disse ter visto sua filha adolescente fumando com outras “amigas” da mesma idade. A reação dele foi de espanto com este comentário surpreendente.
Ele relatou ter respondido o seguinte: “Não acredito nestas afirmações, deve ser algum engano!
“Como você pode ter tanta certeza? ” Replicou o colega.
Então ele olhou fixamente nos olhos do acusador e afirmou: “Tenho certeza que ela não está fumando, porque sempre que ela chega em casa eu lhe dou um beijo e um forte abraço! Se ela estivesse fumando eu saberia! ”
Gestos simples de carinho e afeto fazem toda a diferença! O hábito de abraçar e beijar nossos filhos quando eles ou nós chegamos em casa pode revelar muitas coisas, pode até parecer um gesto corriqueiro, mas na verdade é uma grande oportunidade, neste caso específico, o pai estava certo de que sua filha não estava fumando, pois tinha desenvolvido o simples hábito de abraçá-la diariamente, além de demonstrar apreço, afeto e atenção, o pai, mesmo que inconsciente, estava “averiguando”.
Você pode descobrir muita coisa por este simples, mas poderoso gesto, o abraço. Neste momento, pais zelosos podem nitidamente perceber, como o filho está se sentindo, se está animado, motivado, feliz, triste, preocupado, ou simplesmente cansado. Lembro-me de minha sogra dizendo para seus netos: “Venha aqui minha neta, pois quero te dar um cheiro. ” (Uma expressão comum de pessoas do Nordeste), na verdade ela estava se referindo a um carinhoso abraço, mas que logicamente não estava dissociado da oportunidade de sentir o “cheiro” dos netos. Com isto ela poderia saber se seus entes queridos estavam fumando, bebendo, ou mesmo se precisavam de um banho.
O abraço, assim como outros gestos de carinho e atenção promovem uma ligação positiva entre os membros da família. A construção de fortes vínculos familiares é um fator importantíssimo para a proteção de nossa família, e deve ser desenvolvido e nutrido durante toda a vida. Gestos de carinho, atenção e cuidado, normalmente não ocorrem quando há um distanciamento entre os membros da família. Se você perceber que seu filho está isolado, distante, não conversa, nem interage com você ou com os outros familiares, então acenda a “luz de alerta”, já está mais do que na hora de promover uma “aproximação”, que pode sem dúvida começar com um verdadeiro e fraterno abraço.