A gravidez e o vício em drogas são duas situações que não combinam,
em qualquer hipótese. Usar substâncias químicas enquanto se está esperando um bebê pode afetar a saúde da mãe, do bebê e trazer muitas complicações no parto – e as lesões na criança podem ser irreversíveis. Portanto o uso das drogas na gravidez deve ser completamente vetado.
Dentre os riscos que circundam o uso de drogas durante a gestação estão os problemas no recém-nascido, além de outras doenças decorrentes de fatores genéticos e ambientais que afetam a criança.
Confira alguns desses riscos:
Problemas de abstinência nos recém-nascidos
Tudo que é consumido pela mãe passa para o bebê através da placenta e da corrente sanguínea – e com as drogas não é diferente. O feto, portanto, acaba por consumir uma quantidade dessas substâncias durante a gestação.
Assim, logo após nascerem, os bebês podem apresentar quadros de abstinência dessas drogas ingeridas, com episódios de convulsões e tremores.
Deficiência intelectual
O consumo de álcool também deve ser vetado durante a gravidez – engana-se quem pensa que a substância não pode ser extremamente prejudicial para o bebê.
Com a ingestão de álcool após o terceiro ou quarto mês de gestação, o feto pode sofrer da chamada Síndrome Fetal Alcoólica, capaz de trazer microcefalia discreta, deficiência intelectual e outros quadros psicológicos.
Lesões no desenvolvimento do feto
Se a mulher gestante for usuária de drogas mais pesadas (como anfetamina ou cocaína) ou de drogas psicotrópicas (como álcool ou soníferos), o feto poderá desenvolver má formação ou lesões fetais em seu desenvolvimento.
O consumo do álcool também pode levar a um comprometimento irreversível do sistema nervoso central do feto, causando, além de quadros de microcefalia, alterações oculares e cardiopatia congênita.
Infecções materno-fetais
Os problemas causados pelas drogas vão muito além do contato direto da droga com o feto. As mães usuárias dessas substâncias químicas podem desenvolver doenças que passam diretamente para o bebê, como rubéola, sífilis, toxoplasmose, herpes, entre outras muitas transmitidas no compartilhamento de agulhas, por exemplo.
Também é possível haver contaminação por relações sexuais, como é o caso do citomegalovírus, um tipo de herpes que tem maiores chances de contágio quanto há troca constante de parceiros sexuais.
Isso porque, muitas vezes, sob o efeito de drogas, a mulher exerce atividades sexuais com diversos parceiros, correndo o risco de afetar a criança, que pode nascer com a doença e apresentar problemas no fígado, anemia, colite necrosante e pneumonia.
Natimorto
Natimorto, ou nato-morto, é a denominação dada ao feto que morre dentro do útero da mãe. Há diversas possibilidades para que isso aconteça na gravidez; no entanto, o uso de qualquer entorpecente durante o período de gestação – independentemente da dose – aumenta exponencialmente esse risco à vida do filho e da mãe.
Aborto espontâneo
O aborto espontâneo é um processo que finaliza a gestação antes de completar todas as semanas. Infelizmente, esses casos são muito característicos entre mães que usaram ou continuam usando alguma substância maléfica à saúde.
O uso de drogas na gravidez potencializa os riscos de um aborto espontâneo, podendo, inclusive, acarretar graves problemas ao corpo da mãe.
Nascimento prematuro
Outro grande problema ocasionado pelo uso de drogas na gravidez é a probabilidade de um nascimento prematuro. Nesses casos, o bebê não se desenvolve no tempo normal, e sua saúde pode ficar debilitada, aumentando as chances de desenvolvimento de doenças imunológicas e até hemorragias cerebrais.
Déficit de atenção
Esse quadro é comum no período da infância em algumas crianças, e costuma se prolongar para a vida toda. Ele não tem cura e atrapalha no desempenho de qualquer atividade e aprendizado – e, mais uma vez, as drogas na gravidez são um verdadeiro vilão para o desenvolvimento desse transtorno nos filhos de mães usuárias.
Fonte: Viver sem Droga
https://blog.viversemdroga.com.br/drogas-na-gravidez-conheca-4-riscos/