Qual o “limite” das drogas?

Parece infindável, mirando e minando os que caminham no deserto de suas almas.

Aos que propõem legalizar mais psicoativos ditos “recreativos”, pergunta-se: desejariam que na esquina da sua casa houvesse uma loja “credenciada” pelo governo para vender a “última” novidade em droga? Viesse de onde viesse? Imagine ter na prateleira substâncias sintéticas misturadas a substâncias in natura (veja as drogas que devastam, da África à Inglaterra  em  matérias da BBC – nos links adiante).

https://www.bbc.com/portuguese/45233585

https://www.bbc.com/portuguese/geral-47046739?ocid=wsportuguese.chat-apps.in-app-msg.whatsapp.trial.link1_.auin

No debate sobre a legalização da cannabis (turbinado pelo narcobusiness), ouvimos os que dizem que devemos legalizar “tudo”, em respeito à intimidade do indivíduo – já que suicídio e a auto-lesão não são crimes.

Para outros, porém, só deveria haver a legalização da cannabis, supostamente menos danosa que a bebida alcoólica…

Não ouviram o Doutor Valentim Gentil Filho: Cannabis (mormente em cérebros em formação) pode desencadear quadros psicóticos e até mesmo a irreversível esquizofrenia!

Parece que não viram adolescentes sem a menor motivação para os estudos (com quadro de anedonia*)…

Ou nunca se depararam com jovens adultos com baixo desempenho acadêmico…

E nem choraram com os que seguiram a escada que só tem degraus para abaixo da existência digna, iniciando com o glamourizado  THC.

Vejamos o contrassenso: se legalizada fosse a cannabis, quem estivesse na posse de um “mesclado” (cannabis + cocaína), ou de um desses coquetéis Molotov (citados pela BBC) associados a cannabis, iria responder por “meio crime”? Isso não existe, obviamente.

Iria responder criminalmente pela posse da substância que permaneceria ilícita (no caso a cocaína, a droga sintética proscrita, etc…).

Em síntese, essa “corrida” pela legalização (ou mesmo descriminalização) da cannabis ou de mais drogas não se sustenta em si mesma.

Virará um labirinto infinito e sem saída, um rodamoinho para o abismo social.

Por isso, com muito AMOR: Defendamos o direito  das famílias viverem longe  drogas e, de fato, ficar a pátria livre – sem ter os jovens morrendo  no Brasil.

Guilherme Athayde Ribeiro Franco
MPSP

* Anedonia – é a perda da capacidade de sentir prazer, próprio dos estados gravemente depressivos