SAF – Síndrome Alcoólica fetal

O que você precisa saber sobre consumo de bebida alcoólica durante a gravidez e Síndrome Alcoólica Fetal – SAF *

Mulheres que consomem álcool e têm vida sexual ativa, não utilizando métodos anticoncepcionais, podem expor o bebê aos danos devidos ao álcool, antes mesmo de saberem que estão grávidas.

Porém, nunca é tarde para parar.

O quanto antes parar de beber, melhor para a gestante e para o seu filho.

O consumo de álcool por uma mulher grávida pode atingir o sistema nervoso central do feto, provocando SAF

O consumo de álcool por uma mulher grávida tem grandes possibilidades de atingir o feto, levando-o a apresentar várias alterações em praticamente todos os órgãos do corpo, principalmente no sistema nervoso central, que não têm cura, e que são conhecidas como síndrome alcoólica fetal (SAF).

Bebês que nascem com SAF têm alterações na face, em vários órgãos do corpo, podem nascer com peso abaixo do normal e ter retardo mental.

Eles têm problemas de aprendizagem (principalmente de matemática), memória, fala, audição, atenção e para a resolução de problemas, que se mostram principalmente na idade escolar, e no relacionamento com outras pessoas.

Nem todos os bebês, porém, apresentam os sintomas da SAF completa, mas podem ter apenas dificuldades na aprendizagem e alterações no comportamento, que são reconhecidas tardiamente, em geral na idade escolar, e recebem várias denominações como SAF parcial, ou melhor, espectro de alterações relacionadas ao álcool (FASD na sigla em inglês: “fetal alcohol spectrum disorders”).

A exposição ao álcool durante a gestação, há que lembrar, não resulta necessariamente em SAF.

O principal problema é que não se conhecem níveis seguros de consumo de álcool durante a gravidez, abaixo dos quais o feto não será afetado. Portanto, a recomendação é para evitar a ingestão de bebidas alcoólicas durante a gravidez e amamentação.

A SAF/FASD não tem cura, mas pode ser 100% prevenida, se a mulher não consumir bebidas alcoólicas enquanto estiver grávida e enquanto amamentar seu bebê.

A recomendação, enfatizamos, é única: SE ESTIVER GRÁVIDA NÃO BEBA E SE BEBER NÃO ENGRAVIDE!

 

*Texto escrito pela Dra. Conceição Aparecida Mattos Segre, palestrante e parceira do Freemind e da ISSUP Brasil, docente em Pediatria Neonatal pela Escola Paulista de Medicina, Coordenadora de campanhas da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Grupo Efeitos do Álcool na Gestante, no Feto e no Recém-nascido da Sociedade de Pediatria de São Paulo e membro titular da Academia Brasileira de Pediatria e da Academia de Medicina da São Paulo.