Com relação ao termo prevenção, entende-se como o ato de antecipar-se ou chegar antes. Compreendê-lo é importante, no sentido de lidar com mais segurança sobre situações envolvendo o uso de drogas, afinal, de acordo com LARANJEIRA (2004, p.9) “poucos fenômenos sociais geram mais preocupação entre pais e professores, custos com justiça e saúde, dificuldades familiares e notícias na mídia do que o uso de álcool e outras drogas”.
São muitas as razões que levam uma pessoa a utilizar álcool, tabaco e demais drogas. Tais razões estão ligadas à história e características de cada indivíduo e, além disso, existem os chamados fatores de risco, dentre os quais: curiosidade, facilidade de acesso, dificuldade de relacionamento (familiar, social, escolar), falta de limites e intolerância às frustrações.
Devido a existência de modelos distintos como o Dicotômico (Médico/Doze passos) onde uma pessoa tem ou não a doença ou dependência, e o Modelo Biopsicossocial que tendem a ver os problemas do álcool numa série contínua e admitir que as pessoas podem deslocar-se em qualquer sentido nessa série, com o passar do tempo.
Enquanto o modelo médico afirma que a solução somente pode ser alcançada através da abstinência total, os defensores do modelo biopsicossocial propõem uma maior variedade de opções de tratamento, que frequentemente inclui a ingestão moderada e outras abordagens de redução de danos.
A prevenção apresenta-se em três níveis:
- Prevenção Primária: visa diminuir a incidência de uma doença buscando a intervenção antes que surja um problema, ou seja, se dá por meio de educação e informação. É fundamental que este nível de prevenção possa se apoiar nos pais e na escola, e para isso deve haver preparação e informação, evitando que a temática das drogas seja um tabu.
- Prevenção Secundária: visa diminuir a prevalência do problema-alvo, buscando impedir a progressão do problema uma vez iniciado. Aplicada aos problemas do consumo de drogas, consiste em intervenções para evitar que um estado de dependência se estabeleça.
- Prevenção Terciária: objetiva diminuir as consequências do uso contínuo e intenso, sendo, em geral, estratégias voltadas para a reabilitação e reinserção social do sujeito. Aplicada às drogas, a prevenção terciária tem como objetivo essencial evitar a recaída, visando a reintegração do indivíduo na sociedade, possibilitando-lhes novas oportunidades de engajamento na escola, na família, no trabalho e nos demais grupos sociais.
Referências
Centro Antitóxicos de Prevenção e Educação/Divisão Estadual de Narcóticos. Cartilha de prevenção ao uso de drogas para professores. Curitiba: CAPE/DENARC, 2009.
LARANJEIRA, Ronaldo. Prefácio. PINSKY, Ilana; BESSA, Marco Antônio (Orgs). Adolescência e drogas. São Paulo: Contexto, 2004.Fonte: CERENE