Guia de boas práticas no ambiente de trabalho

Disponível para download o “Guia de boas práticas na atenção e prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho”, lançado pela ABEAD.

A ABEAD – Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas – lançou neste ano de 2021, o “Guia de boas práticas na atenção e prevenção ao uso de álcool e outras drogas no ambiente de trabalho”.

O guia tem 40 páginas e é possível fazer o download e utilizar, desde que sem fins comerciais.

É um documento importante que busca analisar toda a dinâmica social que atravessa a realidade dos trabalhadores, assim como considerar a natureza biopsicossocial de tais usos.

Ainda que o uso e abuso de substâncias tenham feito parte da história da humanidade desde seus primórdios, estudiosos ressaltam que a percepção de seu aumento está relacionada às alterações nas condições sociais, relações de trabalho e familiares, exigindo esforços integrados das mais diversas áreas.

Nas empresas, o uso de substâncias, além de prejudicar a saúde do trabalhador, ainda compromete seu desempenho profissional, a segurança e o meio ambiente e pode se tornar um problema social com reflexos econômicos preocupantes para as mesmas.

Muitos estudos apontam uma associação do consumo frequente e intenso de álcool e outras drogas com significativa perda cognitiva, espe­cialmente no que se refere ao déficit de aprendizagem e memória, resolução de problemas e alteração de resposta psicomotora.

Essas perdas podem ocasionar sérios danos aos trabalhadores, prejudicando seu desempenho nas empresas. Como consequência, o desempenho do trabalhador fica prejudicado e podemos observar um ou mais dos seguintes fatores:

  • Diminuição da produtividade;
  • “Presenteímo” (quando o funcionário está na empresa, porém sem produção efetiva);
  • Conflitos provenientes de relações interpessoais prejudicadas;
  • Aumento das faltas;
  • Falta de pontualidade e de comprometimento;
  • Crescimento do número de doenças físicas (ex. doenças cardiovasculares, neurológicas, etc);
  • Aumento de sintomas relacionados à saúde mental (ex. ansiedade, depressão, etc.);
  • Ata no número de acidentes de trabalho;
  • Maiores perdas e desperdícios de materiais;
  • Maior rotatividade de empregados, gerando um aumento de custo para as empresas; entre outros fatores.

Uma vez que o trabalhador passa a maior parte do seu dia na empresa em que trabalha e que é lá que ele desenvolve relações interpessoais capazes de lhe proporcionar uma identidade profissional e social, a empresa passa a ser um local excelente para a elaboração de uma política que tenha como objetivo a valorização da vida e a estimulação de mudança de comportamentos.

É importante que as políticas desenvolvidas na empresa tenham como norte a prevenção, com ações direcionadas tanto à promoção da saúde quanto à prevenção de doenças, garantindo, assim, maior qualidade de vida para os funcionários.

Para que qualquer política ou programa sejam bem-sucedidos, é essencial considerar a cultura da empresa e suas peculiaridades, bem como as características de seus trabalhadores e do meio em que, tanto a empresa quanto o trabalhador, estão inseridos.

As famílias desses trabalhadores também podem se beneficiar dessas políticas ou programas, especialmente quando estão em busca de orientação sobre procedimentos e tratamentos. Com isso, a política extrapola os limites da empresa, fornecendo o apoio necessário.

Para que tal política obtenha êxito e se sustente ao longo dos anos, é de fundamental importância o comprometimento e a participação de todos os envolvidos, não apenas na elaboração, mas sobretudo na manutenção (prevenção continuada) e na implementação das ações dela decorrentes.

Ademais, é essencial que a equipe de saúde/RH se mantenha atualizada em relação a estudos a respeito de álcool e drogas, tratamentos de depen­dência química, bem como quanto a forma como os mesmos são abordados no ambiente de trabalho.

Faça aqui o download do Guia.

 

Fonte: ABEAD – Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas