Primeiramente, antes de abordarmos um assunto tão importante, vamos compreender a origem do termo suicídio.
A palavra suicídio tem origem no latim “sui caedere”; sui = si mesmo e caedes = ação de matar. Assim, um dos maiores estudiosos sobre suicídio, Durkhein (2000) diz que este é um ato de desespero de um indivíduo. Logo, analisar esse ato não é apenas analisar o indivíduo, mas também a sociedade.
O suicídio é um grave problema de saúde pública e, apesar de ser uma das maiores causas de morte, ele é evitável. Conhecer os fatores de risco e reconhecer os sinais de alerta pode ajudar a prevenir o suicídio.
E prevenção é assunto que move a Mobilização Freemind! Por isso, durante o 7º Congresso Internacional Freemind, que acontecerá na cidade de Campinas/SP de 15 a 18 de junho de 2022, falar sobre a prevenção do suicídio será uma de nossas preocupações e de nossos especialistas convidados.
Silvânia Celis Machado Giandoni, Assistente Social, Idealizadora e Coordenadora da Rede de Proteção à Vida de Botucatu irá trazer um exemplo concreto de como fazer Prevenção do suicídio ‘na’ e ‘com a’ comunidade.
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Fatores de risco para suicídio
Fatores de risco são características que tornam mais provável que um indivíduo considere, tente ou realize um suicídio, mas não são regras e não definem se isso vai acontecer ou não. Alguns mais comuns incluem:
- Tentativas anteriores de suicídio
- História de suicídio na família
- Uso indevido de substâncias
- Transtornos do humor (depressão, transtorno bipolar)
- Acesso a meios letais (por exemplo, manter armas de fogo em casa)
- Perdas e outros eventos traumáticos (por exemplo, o rompimento de um relacionamento ou morte, reprovações acadêmicas, dificuldades legais e financeiras, bullying, etc.)
- História de trauma ou abuso
- Doença física crônica
- Exposição ao comportamento suicida de outros indivíduos
Sinais de alerta de suicídio
Os sinais de alerta são aqueles que indicam um risco imediato ou próximo de suicídio e devem ser muito bem observados. Alguns incluem:
- Frequentemente falar ou escrever sobre morte ou suicídio
- Fazer comentários sobre estar desesperado, desamparado ou se sentir inútil
- Expressões de não ter razão para viver; nenhum senso de propósito na vida; dizer coisas como “seria melhor se eu não estivesse aqui” ou “eu quero fugir”.
- Aumento do uso indevido de substâncias
- Afastar-se de amigos, família e comunidade
- Comportamento imprudente ou atividades mais arriscadas, aparentemente sem pensar
- Mudanças dramáticas de humor
- Falar sobre se sentir preso ou sobre ser um fardo para os outros.
Fatores de proteção
Os fatores de proteção são características que tornam menos provável que os indivíduos considerem, tentem ou realizem um suicídio. Alguns incluem:
- Contato prévio com provedores de saúde mental
- Cuidados de saúde mental eficazes; fácil acesso a uma variedade de intervenções clínicas
- Fortes conexões com indivíduos, família, comunidade, amigos e instituições sociais
- Habilidades de resolução de problemas e conflitos
Tal como acontece com a doença mental, uma das maiores barreiras para prevenir o suicídio é o estigma, que impede muitas pessoas de procurar ajuda.
Um relatório do CDC recomenda uma abordagem abrangente de saúde pública para a prevenção do suicídio e identifica várias estratégias que estados e comunidades podem adotar, incluindo medidas como: ensinar habilidades de enfrentamento e resolução de problemas para ajudar as pessoas a lidar com desafios, expandir as opções de assistência temporária para os necessitados e conectar pessoas em risco a cuidados de saúde mental e física, eficazes e coordenados.
O que você pode fazer
Se alguém indicar que está pensando em suicídio, ouça e leve suas preocupações a sério. Não tenha medo de fazer perguntas sobre seus planos e deixe-o saber que você se importa e que ele não está sozinho. Incentive-o a procurar ajuda de um profissional experiente e não o deixe sozinho.
Se estiver preocupado com um amigo ou ente querido quanto a um possível suicídio:
- Pergunte se ele está pensando em suicídio. Embora as pessoas possam hesitar em perguntar, pesquisas mostram que isso é útil pois mostra para a pessoa que você se importa com ela e te ajuda a perceber sinais e a prevenir o suicídio.
- Mantenha-o em segurança. Reduza o acesso a meios letais para aqueles em risco.
- Esteja com ele. Ouça o que ele precisa e quer dizer, faça-se ouvinte e o acompanhe para ver como está indo.
- Ajude-o a se conectarcom suporte contínuo. Tente incentivá-lo a conseguir suporte profissional e continuar no tratamento.
Se você precisar de ajuda para si mesmo ou para outra pessoa, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida pelo telefone 188 ou converse online através do próprio site deles em: https://www.cvv.org.br/.