A ingestão de bebidas alcoólicas por adolescentes e suas consequências

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresce em 55% o número de adolescentes do último ano do ensino fundamental que já experimentaram bebidas alcoólicas. A pesquisa ainda revela que 21,4% já sofreram algum tipo de episódio de embriaguez na vida.

O Alcoolismo nunca foi um problema exclusivamente dos adultos, ele pode acontecer também com adolescentes. Hoje no Brasil é preocupante o fato de jovens começarem a beber cada vez mais cedo. A facilidade de comprar bebida no país facilita isso, e o perigo é que alguns desses jovens podem desenvolver uma dependência no futuro. O álcool pode causar vários danos à saúde e também é uma porta de entrada para outras drogas ilícitas, além de causar sérios danos à saúde, comprometendo também o rendimento intelectual desses adolescentes em fase escolar. Muitas vezes os próprios pais que fornecem a bebida para o filho, ou que normalizam esse ato.

Embora a legislação brasileira proíba a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos o álcool é a droga legal mais utilizada por adolescentes no país. O manual de orientação “Bebidas alcoólicas são prejudiciais à saúde da criança e do adolescente”, elaborado pelo Departamento Científico de Adolescência da SBP, indica uma série de consequências que o uso de álcool na infância e adolescência pode gerar. Os apontamentos servem de alerta para pais, educadores, crianças e adolescentes. Além disso, é importante que os pais saibam que fornecer bebida alcoólica antecipada para seus filhos, triplica a probabilidade de problemas com a bebida na adolescência.

Crianças e adolescentes – consequências da ingestão de bebidas alcoólicas:

– Maior tendência à impulsividade e atraso no desenvolvimento da capacidade de autocontrole, tornando-os mais suscetíveis a praticar comportamentos de risco.
– Afeta negativamente o desenvolvimento emocional, social e cognitivo. A memória é função fundamental no processo de aprendizagem, e ela sofre alteração com o consumo de álcool.
– Indivíduos que começam a ingerir bebidas alcoólicas antes dos 15 anos de idade apresentam quatro vezes mais predisposição a desenvolver dependência alcoólica em comparação aos que iniciam aos 20 anos ou mais.
– Mesmo sem um diagnóstico de dependência alcoólica, o consumo pode ser prejudicial à medida que a criança ou adolescente está habituado a passar por uma série de situações apenas sob efeito de álcool.