O uso de drogas entre os jovens é crescente e as razões para isso nem sempre são evitáveis. Porém é fato que a família como instituição cuidadora de seus membros, fica responsável pela transmissão de valores éticos e morais a respeito do uso de drogas para os mais jovens. Segundo a tese do psiquiatra Içami Tiba “Quem é feliz não usa drogas”. Os argumentos do psiquiatra basicamente são de que na maior parte das vezes o perigo nem sempre vem de fora: ele vem de dentro da pessoa que acaba desenvolvendo um vício para suprir um vazio ou carência que, muitas vezes, os pais poderiam suprir, mas não suprem.
E é uma realidade que atualmente as famílias não são estruturadas como antes; por exemplo, o maior número de mulheres que necessitam trabalhar fora do lar, o aumento do índice de divórcios e novos casamentos, o número de filhos, etc. E isso acaba gerando um afastamento do contato familiar dos adultos com seus filhos, mas na maioria das vezes, as crianças convivem com pais que se preocupam por elas. Uma das maiores preocupações é o abuso de substâncias e suas consequências, porque raramente os jovens admitem para os pais que possuem problemas com drogas e que precisam de ajuda.
Descobrir que um filho tem um problema com drogas certamente causa um alarde na família e cada uma reage de uma forma diferente: algumas se fecham em volta do jovem, outras geralmente o expulsam de casa.
Por isso, a importância da prevenção do uso de drogas nas famílias é algo fundamental para evitar situações drásticas. Quando a família está unida, organizada e comunicada com papeis bem definidos, é uma fonte de proteção dos filhos para evitar condutas distorcidas.
Por isso a importância em trabalhar no fortalecimento da família sempre. Porém, alguns casos são mais complicados pois encontramos uma grande maioria de jovens com famílias desestruturadas ou até diretamente abandonadas.
É comum que, ao descobrir o vício do filho, seus pais tentem se aproximar em uma tentativa frustrada para que o mesmo deixe as drogas, ou para consultar um médico para “curar” o jovem. Isso tudo sem pensar em revisar toda cultura enferma por trás dessa conduta do filho e que envolve também a própria família.
Uma teoria denominada de psicossocial, ou psicoterapia, sustenta que para curar um problema, primeiro deve ser tratada a causa muito mais que os sintomas. Ainda que no caso do uso de drogas os dois sejam tratados simultaneamente, a causa continua sendo o ponto principal do tratamento.
O tratamento de adolescentes e jovens com problemas de dependência de drogas não terá soluções reais se, no processo, não forem incluídos os pais e irmãos e, em outros casos, a parentes e amigos que participam da vida em grupo. Por isso, a família é fundamental na hora de discutir prevenção ao uso de drogas.
Fonte: http://br.monografias.com/trabalhos/drogas-prevencao/drogas-prevencao.shtml