A dependência digital é a busca incessante pela utilização da internet que age de forma semelhante à dependência química, pois ocorre como consequência do uso prolongado da internet que, por sua vez, proporciona prazer físico à pessoa. Tal prazer está relacionado a fatos e reações simples como downloads, interatividades, e-mails, que em contato direto com o organismo originam descargas elétricas entre os neurônios através da dopamina. A dopamina é um neurotransmissor que antecede naturalmente a adrenalina e a noradrenalina que atuam no organismo como estimulantes do sistema nervoso central. A dependência digital estimula a produção da dopamina e provoca uma grande sensação de prazer resultando na busca por tais momentos.
A dependência digital provoca compulsão, depressão, TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), agitação, irritabilidade, perda de sentimentos e perturbação. A perturbação está ligada às preocupações com a rede, com o tempo em que está on-line, com a percepção de sua necessidade de permanecer na internet, o distanciamento de amigos e familiares e ainda com o refúgio que a rede lhe proporciona diante de problemas.
Do ponto de vista psicológico, a dependência digital é uma patologia e ocorre em alguns casos, não acometendo todos os usuários. Quando se transforma em patologia, deve ser percebida e encaminhada para um profissional competente para que esse auxilie o indivíduo na busca do autocontrole. (1)
A revista Meio e Mensagem (2) trouxe uma boa notícia para todos nós que, com certeza, ou fazemos parte do grupo dos dependentes digitais ou conhecemos alguém assim:
A desintoxicação digital está em alta este ano. Não só estudos feitos por consultorias de tendências apontam isso, como também as próprias empresas de tecnologia, como Vivo e Motorola, estão incentivando os consumidores a parar de usar a internet, celular e TV para viverem experiências fora da tela. A Infobase Interativa reuniu pesquisas publicadas pelas empresas e veículos Brandwatch, Campaign US, Fast Company, KOMO News, Origin, RSPH e SELF sobre os hábitos de consumo digital do jovem que está cada vez mais avesso a problemas causados pelo uso abusivo das redes, como falta de produtividade, atenção, aumento de ansiedade, depressão, queda de autoestima e outros. Confira:
Fontes:
(1) DANTAS, Gabriela Cabral da Silva. “Dependência Digital”; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/dependencia-digital.htm>. Acesso em 02 de abril de 2019.