A dependência química entre idosos é um problema complexo e que demanda maiores estudos

Envelhecer consiste em um grande desafio para a sociedade;

no entanto, não existe uma fórmula preestabelecida para viver desta ou daquela forma ou de vivenciar essa fase de maneira vitoriosa. Para isso, existe a dependência da percepção, escolha, circunstâncias e visão advindas do percurso de vida.

Desafio permanente em meio a essa conjuntura, é retratado na questão da dependência química entre idosos, por se tratar de um problema de complexidade destacável, de múltiplos fatores e incompreendido. Junto a isso, a questão dos preceitos e preconceitos culturalmente firmados, conota a invisibilidade que resulta em índices subestimados e mal identificados.

Para o enfrentamento dessa problemática, os profissionais da área da saúde e/ou da rede pública necessitam participar da construção do processo ampliado de atenção à saúde, em especial na visão gerontológica.

Nesse mesmo sentido, é necessário ampliar o acesso aos serviços públicos que garantam ações de promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação.

Estes devem atender a demanda de integralidade da população idosa e a articulação entre esses serviços: atenção primária, promoção da continuidade de cuidados, serviços de geriatria e os serviços especializados no tratamento do uso de substâncias psicoativas.

É notório o déficit de estudos nesta temática, principalmente no Brasil. Mesmo com baixos índices do consumo de substâncias psicoativas, este dado pode estar limitado por falta de informações mais específicas nessa população.

Dessa forma, tornam-se necessários estudos com o propósito de destacar o perfil desta clientela e o progresso da exposição ao uso, de forma que possam trazer entendimentos necessários para o desenvolvimento de trabalhos assistenciais, educacionais e preventivos para esses idosos, bem como o desenvolvimento de instrumentos diagnósticos, que auxiliem os profissionais de saúde a identificar e intervir precocemente.

Fonte: http://www.editorarealize.com.br/revistas/cieh/trabalhos/TRABALHO_EV040_MD2_SA2_ID434_08092015194046.pdf