Fumar maconha na gravidez oferece risco à memória do bebê, diz estudo

Você sabia que de acordo com estudo da JAMA (Jornal da Associação Médica Americana), entre 2002 e 2017 o uso da maconha nos Estados Unidos aumentou de 3,4% para 7,0% entre mulheres grávidas?

Esse é um caso preocupante, uma vez que fumar maconha na gravidez oferece diversos riscos à memória do bebê. Preocupados com esses dados, pesquisadores da Faculdade Auburn University Harrison, dos Estados Unidos, realizaram um estudo e constataram que mães que fumam maconha podem ter bebês com sérios danos na memória, com consequências capazes de se estender até à adolescência.

Os cientistas fizeram experimentos com roedoras que estavam grávidas, aplicando tetra-hidrocanabinol (THC), um componente presente na maconha. Com isso, eles descobriram que essa substância pode ser transferida do sangue da mãe para o feto, afetando o desenvolvimento da criança.

No hipocampo — local do cérebro onde as memórias são formadas — uma proteína  conhecida como “molécula de adesão de células neurais”  funciona como um “adesivo” que cria ligações entre neurônios e facilita a formação da memória.

Com menos proteína em seus organismos, os ratos que nasceram de uma gravidez em que houve contato com a substância presente na maconha tiveram desempenho intelectual inferior em comparação à uma outra linhagem de roedores que era exatamente da mesma idade, mas que não fora exposta ao componente. Os filhotes das roedoras submetidas ao tetra-hidrocanabinol também se esqueciam mais facilmente das coisas.

Fonte: Revista Galileu – https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2019/09/fumar-maconha-na-gravidez-oferece-risco-memoria-do-bebe-diz-estudo.html