Mais de 7 milhões de pessoas morrem todo o ano em decorrência do tabaco, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Porém, os fumantes não são os únicos afetados pelo tabaco, todo ano morrem também 900 mil pessoas fumantes passivas.
Isso acontece porque quando o cigarro é aceso, além da fumaça tragada pelo fumante, 2/3 da fumaça gerada pela queima é lançada no ambiente e isso afeta quem está em volta, os chamados de fumantes passivos. Essas pessoas não fumam, mas convivem com fumantes em ambientes fechados sofrendo assim exposição aos componentes tóxicos e cancerígenos presente na fumaça gerada pelo tabaco, que é praticamente a mesma tragada pelo fumante.
Essa fumaça possui cerca de 4000 compostos, dos quais 200 são tóxicos e 40 cancerígenos.
Outros dados da OMS mostram que o tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, perdendo apenas para o tabagismo ativo e o consumo excessivo de álcool.
Estudos mostram que as pessoas mais propensas ao tabagismo passivo são aquelas que trabalham em bares, restaurantes e similares que se expõem à fumaça do tabaco que equivalem o mesmo de ter fumado cerca de 4 até 10 cigarros por dia. Eles estão expostos a níveis mais elevados dessa fumaça, cerca de 300 a 600% vezes mais, do que qualquer outro grupo de trabalhadores. Com isso, têm 25-30% mais possibilidade de desenvolver doenças cardíacas e 20-30% mais chances de ter câncer de pulmão.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, por ano, cerca de 200.000 trabalhadores morram por causa da exposição à fumaça tabagística no ambiente de trabalho.
Os fumantes passivos também sentem os efeitos imediatos do contato com a fumaça, como irritações nos olhos e no nariz, tosse, dores de cabeça, manifestação de problemas alérgicos e elevação na pressão arterial.
Para preservar a saúde e evitar o fumo passivo, a Lei Antifumo proíbe o fumo de cigarros, charutos, cachimbos e afins, em locais públicos ou privados de uso coletivo em todo o país, porém o problema ainda existe e ainda afeta as pessoas.
Malefícios da absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes
Em bebês: Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil); Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Em crianças: Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio; Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e intensificação da asma.
Em adultos não-fumantes: Maior risco de desenvolver doenças por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça; Um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
Fontes:
http://www.blog.saude.gov.br/index.php/35553-tabagismo-passivo-voce-conhece-os-riscos