Palavra Semanal do Idealizador da Mobilização Freemind – Dedé Martelli fala sobre: AS OLIMPÍADAS, O EXEMPLO E A SOLIDARIEDADE
Foram noites, madrugadas e manhãs acompanhando várias participações do Brasil nas Olímpiadas de Tóquio. Foi muito legal acompanhar ao vivo boa parte das medalhas conquistadas pelos brasileiros.
Legal conhecer a história de vida deles e acompanhar a emoção que cada um viveu ao saborear sua medalha. Imaginei o quanto difícil deve ter sido para muitos deles competir em modalidades cuja exposição não permitiu investimentos de patrocínio a altura. Chegar lá já seria uma vitória, se tornar medalhista então, nem se fala!
A pequena Rayssa Leal, medalhista no skate aos 13 anos, me fez pensar que muitos adolescentes na sua idade estão nas drogas e tendo suas vidas perdidas. Rayssa com seu skate, pode ser, ao ganhar aquela medalha e a sua exposição nas mídias e nas redes sociais, um exemplo de que se pode vencer se a disciplina e a força de vontade tomar espaço na vida dos adolescentes.
Rayssa se tornou um modelo, um exemplo que poderá ser seguido. Sem saber, salvou muitas vidas. O esporte salva vidas. Jovens que o praticam se distanciam das drogas. O esporte é preventivo. Jovem, Rayssa fez bonito não porque trouxe só uma medalha, mas mostrou ao mundo que uma adolescente de 13 anos pode ser exemplo.
Foi numa dessas madrugadas que me lembrei da nossa participação na abertura de uma Olimpíadas na Casa Restaura-me da Aliança da Misericórdia onde moradores de rua se perfilaram em delegações nominadas por Países. Foram 2 dias de provas.
A Restaura-me sempre foi presente na vida do Freemind. Foi lá que por duas vezes figuras conhecidas do Esporte que participavam das nossas ações estiveram conosco, como foi o caso do Giba do vôlei e também, naquele dia da abertura das Olímpiadas, o Grande (de tamanho e coração) André Brazolin, jogador de basquete do Flamengo, do Corinthians e da seleção, que tem um trabalho maravilhoso no Anjos do Esporte.
Com a Aliança e a equipe do Restaura-me pudemos juntos participar de retiros com moradores de ruas e naquela manhã, na abertura daquele evento com o André, o que pude sentir foi o quanto aqueles nossos irmãos estavam alegres em viver aquele momento.
Brazolin foi gentil, amoroso e mostrou com desenvoltura como o trabalho que ele realiza no Anjos do Esporte o credenciava para se relacionar com aqueles irmãos de rua.
Ouvi uma vez, que servir um irmão de rua de alguma maneira, seja com um prato de comida, um cobertor ou qualquer outra ação, pode não mudar a vida desse irmão.
Ele possivelmente continuará um desabrigado após você sair da presença dele, mas estar com ele fará com que sinta que foi visto e isso já faz uma grande diferença. Aprendi isso aquela manhã com o André com a sua disposição de estar lá e sua performance junto deles.
Meu irmão Paulo sempre fala que a bitola de entrada das drogas é muito maior do que a de saída e, por esse motivo precisamos muito da Prevenção. Hoje focamos muito nisso, muito mais que antes.
Essas madrugadas Olímpicas trouxeram a mim muitas lembranças e reflexões e pensar no esporte como prevenção e exemplo é um ótimo caminho.
As olimpíadas da Restaura-me e as Olimpíadas de Tóquio, a que pese com atletas muito diferentes, pode mostrar que mesmo na Cracolândia o tema amor e esporte podem andar juntos. Medalhistas na vida, Giba e André puderam com todo seu trabalho doar um pouco de si para aqueles irmãos de rua, que nem de longe imaginariam poder estar sendo amados por eles.
Para Deus, a melhor maneira de guardar é doando. Essa é a maior verdade de todas. Valeu Brasil pelas 21 medalhas!
Valeu Restaura-me e Aliança pelo trabalho maravilhoso de acolhimento.
Valeu André Brazolin pelo Anjos do Esporte.
Valeu Rayssa por escolher o Esporte.
Que muitos jovens possam copiá-la. É o que esperamos.
