Droga sintética similar ao ecstasy é extremamente letal

O efeito devastador de uma droga sintética consumida principalmente em festas levou pesquisadores da Unicamp a desenvolver uma metodologia para identificar a substância.

Distribuída em forma de comprimidos e cristais, essa droga ainda não tem nome. Muita gente consome sem saber o que está ingerido. O comprimido é similar ao ecstasy e é um estimulante ainda mais perigoso. A substância é estudada no Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (CIATox).

Os pesquisadores analisaram o sangue e urina de seis pacientes que ingeriram superdosagem de drogas sintéticas e, em todos os casos, a substância nova foi identificada. Chamada de N-etilpentilona, ela também é conhecida como efilona.

Os pesquisadores alertam que a droga provoca aumento da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca e isso pode desencadear infarto agudo do miocárdio e até acidente vascular cerebral – AVC. As análises de sangue dos usuários mostraram que basta uma pequena quantidade para causar danos ao organismo. Das 6 pessoas avaliadas, uma de Sergipe morreu e outra de Campinas está em estado vegetativo, resultado das sequelas de um AVC.

Dados da Polícia Federal mostram que a substância foi a segunda mais detectada entre todas as drogas sintéticas apreendidas em 2017, perdendo apenas para o MDMA (ecstasy).

Diante dos resultados, o CIATox resolveu fazer um comunicado em rede social para alertar sobre os sintomas aos usuários, que muitas vezes usam drogas sem conhecer a presença da N-etilpentilona. “A gente alerta os médicos sobre quando atenderem casos de pacientes com drogas sintéticas, jamais ir pela via clássica, achando que é uma substância. Podem ser substâncias novas, nesse caso a etilpentilona; então ele tem que ter um cuidado a mais com esse paciente para poder ser identificada essa substância e como tratar essas intoxicações para drogas novas”, diz o farmacêutico Rafael Lanaro, da Unicamp.

Saiba mais sobre a droga: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/11/09/pesquisa-da-unicamp-identifica-casos-de-overdose-por-droga-sintetica-mais-forte-que-mdma.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1