No novo normal, quais os cuidados para uma volta às aulas responsável e segura?
A pandemia pelo novo coronavírus alterou a vida de todas as pessoas, em qualquer parte do mundo. Medidas severas de isolamento social e regras de higiene foram necessárias para diminuir a taxa de contaminação e garantir atendimento médico a todos que precisassem.
Passados três meses no Brasil do início dessa pandemia, algumas cidades estão começando a voltar ao “normal”.
Mas o que é normal agora? Podemos dizer que voltamos e retomamos nossas atividades de onde paramos? Podemos voltar e fazer tudo como fazíamos antes?
Não é bem assim! Teremos agora um “novo normal”, cheio de novas regras e novos hábitos.
Com a educação de nossas crianças e jovens não será diferente. Eles estão afastados da sala de aula e do convívio presencial com professores e colegas desde março. Alguns estão tendo videoaulas, outros assistindo aulas pela televisão e alguns, com certeza, deixaram de lado os estudos, desmotivados ou por problemas de infraestrutura em suas casas como, por exemplo, falta de acesso à internet.
Também com o retorno de algumas atividades econômicas, alguns pais que estavam em casa com seus filhos pequenos retornarão às suas atividades e as crianças precisarão retornar às escolas.
Com a grave crise econômica que se abateu sobre grande parte das famílias, ir à escola pode significar em muitos casos a diferença entre uma criança se alimentar ou não.
São muitos os casos e muitas as dúvidas sobre este momento de retorno.
Existem protocolos já definidos para este retorno em vários países do mundo e o Brasil deve começar agora a estabelecer o seu próprio. A elaboração deste protocolo é necessária para adequar todas as escolas, federais, estaduais, municipais, assim como as particulares e a sociedade, a uma nova rotina de trabalho, devendo cada fase da educação básica e superior ser tratada de forma diferente, em face das peculiaridades e da heterogeneidade das pessoas que as frequentam.
Pensando nisso, os doutores Luiz Antonio Miguel Ferreira e Luiz Gustavo Fabris Ferreira, do Instituto Fabris Ferreira, elaboraram um protocolo para orientar esta volta às aulas no novo normal.
É um documento bem completo que abrange questões de garantia do distanciamento social, medidas gerais de higiene, regras para o transporte escolar, abordagem intersetorial, regras para a reabertura, especificidades para as creches e a educação infantil, cuidados específicos com o aluno que apresenta deficiência, questões de busca ativa em caso de abandono ou evasão escolar e sistema de proteção dos direitos da criança e do adolescente.
O documento segue anexo na íntegra. Vale a pena a leitura!