Receita Federal apreende 25,3 toneladas de cocaína no primeiro semestre de 2019 

Dados do Ministério da Economia obtidos pela Globo News mostram que,
entre janeiro e junho de 2019, a Receita Federal apreendeu 25,3 toneladas de cocaína – destinada a Europa e a África – em portos, aeroportos e demais locais de fiscalização do órgão federal em todo o país.

O número confirma o ritmo de disparada na apreensão da cocaína no Brasil e representa um aumento de 158% na comparação com o mesmo período de 2017. Em comparação com o primeiro semestre de 2018, a alta verificada é de 92%.

Em 2017, foram apreendidas 9,8 toneladas. Em 2018, 13,2 toneladas. Este ano, foram 25,3 toneladas. Grandes quantidades de cocaína apreendidas em fiscalizações de rotina da Receita Federal, principalmente em portos, como o de Santos, no litoral paulista, são um fenômeno relativamente recente no trabalho do órgão.

Na reportagem feita pela Globo News, os balanços apontam, por exemplo, que até 2014 a maconha era a principal droga apreendida e em quantidades muito maiores do que a cocaína.

Em 2014, a Receita interceptou um transporte anual de 7,6 toneladas de maconha em todo o país, volume muito superior aos 957,8 kg de cocaína apreendidos no mesmo ano.

A mudança desse quadro se deu em 2015, quanto foram apreendidos no país 2,5 toneladas de cocaína e 2,4 toneladas de maconha. A análise dos balanços mais recentes disponíveis dos primeiros semestres de cada ano aponta um ritmo de apreensão de maconha muito diferente do verificado em relação à cocaína.

Ainda na reportagem, a Globo News questionou a Receita Federal sobre o aumento expressivo da quantidade de cocaína apreendida e o fato de essa droga estar se sobressaindo no nível atual, em seus balanços de apreensões.

A Receita afirma que os procedimentos de controle, vigilância e repressão estão evoluindo em grande velocidade e utilizando como base os pilares de gestão de risco, inteligência, integração com os outros órgãos, assim como também o uso de tecnologia de ponta em seus diversos sistemas informatizados.

Alan Towersey, auditor da Receita Federal e chefe da Divisão de Contrabando, diz que conta com equipes de servidores treinados que atualmente dispõem de equipamentos adequados e instalações privativas de vigilância muito bem equipadas de onde é possível visualizar as operações portuárias.

Rotas

O Brasil é utilizado como rota de passagem da cocaína para a Europa e algumas rotas para a África. Este envio se caracteriza, em sua maior parte, por via marítima, utilizando nossos portos, onde a Receita tem uma ação concentrada.

Os países produtores estão aumentando a fabricação, o que leva a um fluxo maior pelo nosso território.

Por outro lado, a maconha, que inclusive tem produção nacional, tem seu tráfico realizado de forma esparsa e não é alvo de grandes tentativas de exportação, considerando que seu valor por peso é muito menor do que o da cocaína.

O trânsito da maconha ocorre pelas estradas, rotas fluviais e cidades onde a ação principal ocorre por conta das polícias estaduais.

*Dados e informações retirados da matéria da Globo News. Para assistir na integra, é só acessar o site: http://g1.globo.com/globo-news/videos/v/apreensoes-de-cocaina-pela-receita-sobem-158-em-dois-anos/7782453/?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_content=post&utm_campaign=gnews