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Arquivos Substâncias - Blog Freemind https://freemind.com.br/blog/tag/substancias/ Blog Freemind e Issup Brasil Mon, 01 Apr 2024 14:28:34 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://freemind.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/09/Freemind-Fiveicon.png Arquivos Substâncias - Blog Freemind https://freemind.com.br/blog/tag/substancias/ 32 32 Dicas de prevenção às drogas https://freemind.com.br/blog/dicas-de-prevencao-as-drogas-2/ https://freemind.com.br/blog/dicas-de-prevencao-as-drogas-2/#respond Mon, 01 Apr 2024 14:28:33 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=4057 O uso de drogas pode expor uma pessoa a vários riscos para a sua saúde , especialmente se esse consumo evolui de ocasional para um quadro de dependência mais grave. O primeiro passo para qualquer tipo de dependência, seja ela ao álcool ou à outras drogas, é o ato de experimentar a sensação que esses […]

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O uso de drogas pode expor uma pessoa a vários riscos para a sua saúde

, especialmente se esse consumo evolui de ocasional para um quadro de dependência mais grave.

O primeiro passo para qualquer tipo de dependência, seja ela ao álcool ou à outras drogas, é o ato de experimentar a sensação que esses produtos podem oferecer para o organismo. A partir daí, mesmo que o indivíduo não tenha uma tendência genética para o desenvolvimento do vício, o risco de vivenciar situações de abuso no consumo desses compostos se torna cada vez maior.

A única maneira de evitar o problema com consumo de drogas na vida adulta é atuar com a prevenção. Confira algumas dicas simples para manter um indivíduo longe desse vício, garantindo a manutenção da sua saúde e aumento da qualidade de vida:

Saiba dizer “não”

O primeiro cuidado que uma pessoa deve ter para se manter distante do consumo de drogas é saber recusar seu consumo, sem se preocupar com o julgamento de outras pessoas. Dizer a alguém que lhe oferece drogas que você não tem interesse em consumir aquele produto pode ser feito de maneira tranquila e cordial, sem precisar ofender ou agredir quando se sentir pressionado para aceitar a oferta.

Saiba desviar o assunto e reforçar, de forma clara, os motivos pelos quais você não se interessa por esse tipo de atitude para se divertir.

Escolha bem suas companhias

Os amigos são a principal porta de entrada para o consumo das drogas, por isso é importante saber escolher bem com quem você convive para poder prevenir o uso dessas substâncias nocivas à saúde.

Observe os hábitos do grupo com o qual você convive, quais são suas ideias de diversão e se eles costumam julgar alguém que não quer seguir suas sugestões de atividades. Se você começar a se sentir inseguro e desconfortável com relação à pressão que seus amigos lhe exercem para consumir drogas, não hesite em se afastar do grupo e procurar novas companhias.

Saber escolher melhor seus amigos não significa que você deva evitar conviver com alguém que faça uso, mas basta que seus amigos saibam respeitar a sua escolha de não consumir.

Conte com sua família e participe de grupos de apoio

A harmonia em ambientes familiares é uma ótima estratégia para contribuir para a prevenção do uso de drogas na adolescência, mas também na vida adulta. Para pessoas que enfrentam dificuldades em ambientes familiares, a participação em grupos comunitários, ou até mesmo religiosos, pode ser uma ótima alternativa para que eles se mantenham distantes dos problemas e do uso de drogas.

Pratique esportes

Praticantes de atividades físicas geralmente se mantêm distantes do uso de drogas. Como o exercício físico estimula a produção de endorfina, que é um hormônio relacionado com a sensação de prazer, esses indivíduos procuram com menor frequência o uso de drogas para se sentirem melhores.

Por esse motivo, uma das formas de prevenção mais eficientes para o uso de drogas na vida adulta é o estímulo da prática regular de atividades físicas de maneira equilibrada, valorizando a manutenção da saúde e o bem-estar.

Fonte: Gabata life

http://gabatalife.com.br/5-formas-de-prevencao-contra-o-uso-de-drogas-na-vida-adulta/

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As causas mais comuns do vício em mulheres jovens https://freemind.com.br/blog/as-causas-mais-comuns-do-vicio-em-mulheres-jovens/ https://freemind.com.br/blog/as-causas-mais-comuns-do-vicio-em-mulheres-jovens/#respond Wed, 09 Mar 2022 15:25:17 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3253 Entre as idades de 8 e 22 anos, as meninas se tornam mulheres e é nestes anos em que elas passam por muitas mudanças, quando estão amadurecendo física e mentalmente e estão formando sua identidade, o senso de si e a sua autoestima. Esses anos da adolescência são os anos mais significativos de desenvolvimento, críticos […]

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Entre as idades de 8 e 22 anos, as meninas se tornam mulheres e é nestes anos em que elas passam por muitas mudanças, quando estão amadurecendo física e mentalmente e estão formando sua identidade, o senso de si e a sua autoestima.

Esses anos da adolescência são os anos mais significativos de desenvolvimento, críticos para a saúde e o sucesso de uma jovem no futuro. Infelizmente, a adolescência e a idade adulta também são tempos de grande susceptibilidade.

As meninas estão em transição do ensino fundamental para o ensino médio e, pela primeira vez, estão enfrentando muitas pressões sociais, mudanças físicas e desejos mais fortes de se encaixar.

Um estudo do Centro Nacional de Dependência e Abuso de Substâncias da Universidade de Columbia revelou que meninas e mulheres jovens geralmente iniciam o abuso de substâncias durante esses anos cruciais e, muitas vezes, suas razões estão ligadas ao estresse e às pressões vivenciadas nesse período de transição.

O estudo provou que as razões para o uso precoce de drogas entre as mulheres são muito pronunciadas na juventude e muito diferentes das causas entre os homens e que, em média, as mulheres tornam-se dependentes mais rapidamente e sofrem as consequências das drogas mais cedo do que os homens.

Por que meninas e mulheres jovens usam drogas na adolescência? Quais são os fatores de risco para o uso de drogas em mulheres? Que medidas podemos, como pais e educadores, tomar para evitá-lo?

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, estamos trazendo as sete principais causas do abuso de drogas em meninas e mulheres jovens.

 

  1. Depressão e doenças mentais

A depressão em meninas adolescentes não é incomum. Mais de um terço das meninas do ensino médio relata sentimentos regulares de tristeza ou desesperança e, essas, são mais propensas do que os meninos a considerar e tentar o suicídio.

O abuso de substâncias e doenças mentais, como a depressão, muitas vezes andam de mãos dadas. Por isso, mulheres que estão deprimidas e que apresentam pensamentos suicidas muitas vezes se automedicam com drogas, aumentando o risco de dependência.

 

  1. História do trauma

Entre todos os adolescentes em tratamento de drogas, quase duas vezes mais meninas do que meninos relatam abuso sexual ou físico ao longo da vida e estas também são duas vezes mais propensas a fumar, beber e usar drogas do que aquelas que não foram abusadas na infância.

 

  1. Estresse e incapacidade de lidar

Enquanto os homens tendem a exteriorizar seu estresse com agressividade e delinquência, as mulheres tendem a internalizar suas reações ao estresse e, na maioria dos casos de estresse severo, as mulheres ficam deprimidas e retraídas.

 

  1. Baixa autoestima

Um dos motivos de as mulheres usarem drogas é pela autoestima

A baixa autoconfiança frequentemente acompanha a adolescência. Isso é especialmente verdadeiro entre as meninas. A imagem corporal e social costumam ser as principais prioridades das meninas do ensino médio que querem se encaixar.

Elas associam a perda de peso à beleza e à popularidade e associam o ato de beber, usar drogas e fumar ao ser sexy, moderno e legal.

Adolescentes com baixa autoconfiança são duas vezes mais propensos do que aqueles com maior autoconfiança a relatar o uso de drogas.

Não só as meninas do ensino médio têm mais que o dobro da probabilidade de fazer dieta e se envolver em comportamentos não saudáveis ​​relacionados ao peso do que os meninos, mas também são mais propensas a usar drogas ou álcool para tentar controlar seu peso.

 

  1. Pressões sociais

As meninas mais “populares” acreditam estar sob pressão contínua para fumar, beber e experimentar drogas por causa dos amigos. Quanto mais amigos que fumam, bebem ou usam drogas uma menina tem, mais provável que ela faça o mesmo.

 

  1. Pressões acadêmicas

O ensino médio é, sem dúvida, um momento de grande pressão acadêmica para as jovens, já que é o momento mais relevante para as faculdades, pois é lá que os alunos chegam a um novo nível de aprendizado.

No entanto, os deveres acadêmicos e abuso de substâncias podem facilmente (e perigosamente) se entrelaçar.

 

  1. Falta de comunicação entre pais e filhos

Uma das melhores coisas que um pai pode fazer para evitar o uso de drogas por seus filhos é simplesmente comunicar-se. Se você acredita que seu filho ou filha adolescente está em risco de usar drogas, converse com ele ou ela sobre as consequências do abuso de substâncias e ensine-os a dizer não.

A maioria das meninas que conversam com seus pais sobre drogas são menos propensas a fazer uso delas. A falta de comunicação ou relacionamento entre uma menina e seus pais, no entanto, pode levar ao início precoce do uso de álcool e a uma maior probabilidade de abuso de outras drogas.

Mulheres que abusam de substâncias o fazem por razões significativamente diferentes da média. Enquanto os homens usam drogas para fins sensoriais ou sociais, as mulheres são mais propensas a fazer uso para lidar com problemas, aliviar sentimentos negativos, reduzir a tensão, aumentar a confiança, melhorar o sexo e perder peso.

Por essas mesmas razões, o gênero é uma consideração necessária ao procurar programas de tratamento para sua filha e isso ajuda muito no tratamento em geral, já que ele é mais personalizado.

Fonte: Turnbridge

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O abuso de drogas prescritas por adolescentes https://freemind.com.br/blog/o-abuso-de-drogas-prescritas-por-adolescentes/ https://freemind.com.br/blog/o-abuso-de-drogas-prescritas-por-adolescentes/#respond Fri, 04 Mar 2022 15:10:43 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3249 O abuso de drogas prescritas muitas vezes é atraente para os adolescentes em relação às drogas ilícitas. Como esses medicamentos são permitidos sob a orientação de um médico, muitos adolescentes são levados a uma falsa sensação de segurança de que os medicamentos são realmente seguros. No entanto, esses medicamentos são oferecidos sob a orientação de um […]

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O abuso de drogas prescritas muitas vezes é atraente para os adolescentes em relação às drogas ilícitas. Como esses medicamentos são permitidos sob a orientação de um médico, muitos adolescentes são levados a uma falsa sensação de segurança de que os medicamentos são realmente seguros.

No entanto, esses medicamentos são oferecidos sob a orientação de um médico por um motivo. Quando tomados por muito tempo ou de maneira errada, eles podem ter efeitos colaterais graves.

Muitos medicamentos prescritos também podem ser bastante viciantes. Isso pode levar a uma batalha vitalícia contra o vício quando tomado sem a supervisão adequada. Infelizmente, para milhares de adolescentes todos os dias, o acesso a medicamentos prescritos é simples, criando um problema de dependência difícil de superar.

 

O que é o abuso de drogas prescritas?

O abuso de medicamentos prescritos ocorre quando alguém usa um medicamento sem receita médica ou de maneira errada com o único propósito de experimentar um momento de “alta”.

Às vezes, os adolescentes também abusam de medicamentos prescritos com a crença de que ajudarão no estado de alerta e nas habilidades de estudo, dando-lhes vantagem enquanto estudam ou preparam trabalhos escolares.

Embora qualquer medicamento prescrito possa ser usado incorretamente, alguns são conhecidos por suas habilidades de criar o “barato” que os adolescentes às vezes desejam.

Os opioides, como analgésicos prescritos, estimulantes, como medicamentos para TDAH, e depressores do sistema nervoso central, como os medicamentos usados ​​para tratar a depressão e outros transtornos do humor, são as drogas mais comumente abusadas entre os adolescentes.

 

Como os adolescentes obtêm drogas prescritas?

Parece que os medicamentos prescritos são difíceis de obter devido à maneira como são controlados, mas o acesso verdadeiro aos medicamentos prescritos é mais fácil do que muitas pessoas pensam.

Os adolescentes geralmente conhecem alguém que está sob prescrição médica e podem até ter esses medicamentos em suas próprias casas quando os pais ou irmãos precisam tomá-los.

Pegar algumas pílulas para ficar “chapado” de vez em quando é simples. A Pesquisa Monitorando o Futuro de 2012 descobriu que metade de todos os alunos do ensino médio relataram que as drogas opioides seriam de fácil acesso se elas as quisessem.

Adolescente fazendo uso de drogas prescritas

 

O risco do abuso de medicamentos prescritos

Infelizmente, os medicamentos prescritos não são necessariamente mais seguros do que as drogas de rua, e os adolescentes que abusam deles estão se colocando em um risco enorme.

Em primeiro lugar, a medicação é muitas vezes uma dose específica para cada pessoa. Quando outra toma esse medicamento, a dose pode ser muito forte e se tornar perigosa para esse indivíduo.

Além disso, outras drogas que o adolescente pode tomar para condições médicas genuínas podem interagir com a droga. Isso pode causar efeitos colaterais graves e até mesmo que alteram a vida.

Quando os médicos prescrevem medicamentos, eles verificam esses tipos de interações. Mas, essa proteção é removida quando os medicamentos prescritos são tomados por outra pessoa. Quando é feito o abuso de drogas prescritas, eles geralmente são tomados de uma maneira diferente da pretendida.

Por exemplo, muitas drogas são esmagadas e inaladas de forma “recreativa” e, infelizmente, como essas pílulas foram projetadas para serem liberadas lentamente em um período de 12 horas, o resultado dessa prática é um enorme risco de overdose, que pode ser fatal.

A maioria dos medicamentos prescritos vem com uma série de efeitos colaterais e quando alguém sofre de uma condição médica, o risco pode valer a pena. Mas, para pessoas que não têm a condição, os efeitos colaterais podem ser bastante difíceis de conviver.

Por exemplo, os opioides podem parar a dor, mas também podem causar sonolência e constipação, que afetam a qualidade de vida. Estimulantes podem fazer alguém se sentir mais alerta, mas podem aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial. Os efeitos colaterais podem aumentar quando a droga não é usada como deveria ser.

 

Ajudando adolescente com dependência em drogas prescritas

A dependência de drogas prescritas é um problema real para muitos adolescentes. Se você ou algum adolescente que você conhece está lutando contra o vício, procure ajuda.

Primeiro, certifique-se de que os medicamentos prescritos não estejam acessíveis aos adolescentes. Em seguida, procure a ajuda de um centro de tratamento de dependência para garantir que seu jovem seja capaz de quebrar o ciclo de dependência.

O risco simplesmente não vale nenhum “benefício” desses medicamentos.

Fonte: Destinations for Teens

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UNODC divulga declaração com sugestões de tratamento e cuidados com usuários de substâncias https://freemind.com.br/blog/unodc-divulga-declaracao-com-sugestoes-de-tratamento-e-cuidados-com-usuarios-de-substancias/ https://freemind.com.br/blog/unodc-divulga-declaracao-com-sugestoes-de-tratamento-e-cuidados-com-usuarios-de-substancias/#respond Wed, 20 May 2020 12:15:12 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=1388 Nestes tempos difíceis da pandemia do COVID-19, o UNODC continua a se concentrar na prestação de assistência vital aos necessitados, inclusive às pessoas com transtornos relacionados ao uso de drogas, que estão na prisão e que têm HIV / Hepatite C. O UNODC divulgou uma declaração intitulada ‘Sugestões sobre tratamento, cuidados e reabilitação de pessoas […]

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Nestes tempos difíceis da pandemia do COVID-19, o UNODC continua a se concentrar na prestação de assistência vital aos necessitados, inclusive às pessoas com transtornos relacionados ao uso de drogas, que estão na prisão e que têm HIV / Hepatite C.

O UNODC divulgou uma declaração intitulada ‘Sugestões sobre tratamento, cuidados e reabilitação de pessoas com transtorno por uso de drogas no contexto da pandemia de COVID-19’.

Este documento está disponível em vários idiomas e pode ser encontrado no seguinte link: –

https://www.issup.net/knowledge-share/resources/2020-03/suggestions-about-treatment-care-and-rehabilitation-people-drug

Embora difíceis, os tempos de crise – como a atual pandemia – nos permitem uma nova chance de recordar valores humanos universais e unir nossas forças para trabalharmos juntos pelo mesmo objetivo, não deixando ninguém para trás, incluindo pessoas com transtornos por uso de substâncias e suas famílias.

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A bebida alcoólica e a pandemia do coronavírus https://freemind.com.br/blog/bebida-alcoolica-e-pandemia-coronavirus/ https://freemind.com.br/blog/bebida-alcoolica-e-pandemia-coronavirus/#respond Tue, 19 May 2020 18:22:28 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=1385 *Por Dr. Mário Sérgio Sobrinho O uso de drogas, entre elas, o álcool, é assunto mundialmente importante, tanto que a Organização das Nações Unidas (ONU), ao definir os “17 Objetivos para Transformar nosso Mundo”, considerou essencial “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, em todas as idades” fixando como uma das ações importantes “reforçar […]

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*Por Dr. Mário Sérgio Sobrinho

O uso de drogas, entre elas, o álcool, é assunto mundialmente importante, tanto que a Organização das Nações Unidas (ONU), ao definir os “17 Objetivos para Transformar nosso Mundo”, considerou essencial “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar, em todas as idades” fixando como uma das ações importantes “reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool.[1]

Especificamente em relação à prevenção ao uso do álcool e diante da necessidade de a população permanecer temporariamente em isolamento social, em tempos da pandemia do coronavírus, a seção europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou limitar o consumo de bebida alcoólica durante a quarentena, sob o principal argumento de que consumir essa substância compromete a imunidade das pessoas.

A OMS indicou, também, que o excesso de álcool pode causar intoxicação prejudicial à saúde física e mental das pessoas, além de contribuir para desencadear comportamentos de riscos, que poderiam ser exemplificados desde o descuido com as medidas de proteção e de higiene individual recomendadas para evitar contaminações por vírus até, em casos extremos, o incremento de comportamentos desequilibrados, especialmente, naquelas pessoas que são agressivas, com risco de gerar quadros de violência interpessoal[2], inclusive, doméstica, sem falar que a intoxicação alcoólica torna a pessoa mais propensa ser vítima de agressão.

Cabe acrescentar ser conhecido da ciência que o uso agudo e crônico de álcool[3] está associado aos casos de suicídio por proporcionar desinibição, impulsividade, prejuízo no julgamento, além de haver registros que o abuso do consumo de álcool ocorre para afastar o sofrimento que acompanha esse ato humano extremo[4], cuja redução da incidência é demanda mundial.

Embora sejam temas diversos, a prevenção à contaminação pelo coronavírus e a prevenção aos efeitos danosos do álcool, ambos ocupam a área da saúde e merecem atenção, sobretudo, porque do mesmo modo que durante a pandemia a ciência orienta a alteração de determinados hábitos e modos de vida, ela também enfatiza que nesse período será preciso redobrar as cautelas relativas ao uso do álcool.

Sob esse ângulo, cabe observar a Política Nacional sobre o Álcool, aprovada pelo Decreto 6.177, de 22 de maio de 2007 e a Política Nacional sobre Drogas (Pnad), trazida pelo Decreto 9.761, de 11 de abril de 2019. O último texto apresenta referências que ganham destaque durante a pandemia, servindo para fundamentar ações das autoridades que enfrentam essa crise de saúde pública e, também, para orientar determinados comportamentos individuais.

A introdução do texto da Pnad, isto é, do Decreto Federal de 2019 enfatizou, com base em evidências científicas, que o álcool é a substância lícita cuja experimentação ocorre mais cedo entre os adolescentes brasileiros, provavelmente em razão da ampla disponibilidade; indicou, também, ser esse público adolescente muito vulnerável aos efeitos do álcool, notadamente porque nessa fase da vida o cérebro humano ainda se encontra em desenvolvimento e; apontou ser preocupante para as pessoas, independentemente da idade, a associação do quadro de depressão e de abuso de álcool. Além disso, o texto da Pnad ressaltou, a partir da análise de resultados de pesquisas, que 5% da população brasileira já tentou o suicídio, ficando apurado em quase um quarto dessas pessoas, antes da tentativa, haviam consumido álcool.

Ao analisar os pressupostos reunidos para sustentar as ideias expostas pela Pnad, vislumbram-se importantes fundamentos, como o reconhecimento do vínculo familiar, a espiritualidade, os esportes, entre outros, como fatores de proteção ao uso, ao uso indevido e à dependência do álcool, os quais podem sustentar ações relativas ao álcool durante a pandemia do coronavírus.

A intoxicação alcoólica é situação séria, não deveria ser glamourizada nem gerar estigmatização caso ocorra com alguém, seja em ambiente privado ou público, menos ainda quando a imagem dessa situação for captada e exibida pelos meios de comunicação.

A propósito, cabe registrar que durante a pandemia foi apontada aparente irregularidade em cenas envolvendo o consumo de álcool durante apresentação artística transmitida por uma rede social (live) e, por consequência, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) manifestou interesse em apurar o episódio justificando a intervenção no fato de ter havido ingestão excessiva de bebida alcoólica, sem qualquer aviso de conteúdo impróprio para menores de idade. Em apresentação semelhante, uma dupla de artistas sofreu crítica pública por um deles ter demonstrado sinais de intoxicação alcoólica durante a exibição[5].

A pandemia do coronavírus está demonstrando a necessidade de a população evitar determinados comportamentos comuns até pouco tempo atrás, para reduzir a exposição e evitar uma contaminação indesejável, adotando medidas preventivas e restritivas em benefício da saúde individual e geral. Essa capacidade humana de mudar hábitos diante do risco, sugere considerar ser momento para o governo e a sociedade alterar em posturas e adotarem práticas de prevenção no campo do álcool, inclusive, com suporte no texto da Pnad.

Uma delas, muito simples, se funda no entendimento que álcool é substância que, embora lícita, não deve ser consumida ou oferecida às crianças e aos adolescentes, porque pelas razões antes mencionadas, álcool para menores é expressamente vedado pela legislação vigente.

Mais do que isso, ao adulto que consome álcool regularmente é sugerido pensar se em alguma oportunidade faz uso dessa substância com a finalidade de aliviar tensões ou buscar relaxamento, especialmente, se esse uso de bebida alcoólica ocorre diante das crianças e dos adolescentes. Referido comportamento, aparentemente comum e, até poucas gerações atrás pouco comentado, é arriscado, porque crianças e adolescentes poderão registrar isso na memória e, num futuro próximo, reproduzir o comportamento do adulto que, muitas vezes, lhe serve como referência de vida.

Esse comportamento relacionado ao uso de álcool ganha destaque nesse momento de isolamento social, no qual há maior tempo de convivência entre as pessoas que residem juntas. Por isso é importante que os adultos evitem usar álcool, mesmo em quantidade moderada, especialmente diante das crianças e adolescentes. Caso isso, inevitavelmente, ocorra é importante conversar com eles antes acerca da vedação do consumo de álcool aos menores de 18 anos de idade, esclarecendo que essa proibição tem fundamento científico e protetivo, porque até essa idade, inclusive, depois dela, o desenvolvimento do cérebro humano pode ser prejudicado pela ingestão do álcool.

É necessário reforçar a ideia, frequentemente exposta pela ciência, que o álcool pode agravar quadros de depressão e de ansiedade, transtornos que certamente serão mais comuns no contexto da pandemia de Covid-19, conforme alerta a psiquiatra Alessandra Diehl, especialista em dependência química e vice-presidente da Abead (Associação Brasileira de Estudos Sobre o Álcool e Outras Drogas)[6], abordagem que, conforme antes destacado, está inserida no texto introdutório da Pnad ao apontar a prevalência da depressão entre abusadores de álcool.

Em relação a estratégias mais amplas, é importante que a sociedade discuta outras medidas para tornar mais seguro e saudável o período de quarentena, a partir da proposta da OMS relacionada aos riscos do álcool, se dispondo a reduzir a oferta de bebida alcoólica durante esse período e, também, retome o tema da restrição da publicidade do álcool (incluindo a cerveja) nos meios de comunicação social; aliás, assunto objeto do Projeto de Lei da Câmara nº 83/2015, atualmente, em tramitação pelo Senado Federal.

Observado isso, seria importante veicular orientações consistentes acerca dos riscos à saúde resultado do consumo excessivo de bebida alcoólica durante a quarentena e, também, estimular que os governantes se disponham normatizar e controlar a quantidade das vendas de álcool diretas ao consumidor, inclusive, nas compras feitas à distância com entrega em casa, na forma conhecida como delivery.

Todas essas medidas são adequadas às políticas e às ações gerais de prevenção ao álcool indicadas pela Pnad, que ainda orienta estimular a regulação do horário e de locais de venda de álcool e, também, recomenda o uso da tributação dos preços, porque essas estratégias inibem a oferta e o consumo de álcool, tal qual a comentada restrição da publicidade.

A título de comparação, verifica-se que o limite de venda de quantidades de álcool, inclusive cerveja e vinho, foi adotado por alguns estados na Austrália, país que vem manejando com cuidado as situações que envolvem a pandemia do coronavírus, de modo que lá o consumidor dessa substância pode adquiri-la em quantidade previamente indicada, o que sinaliza para o risco do consumo de álcool durante a pandemia e busca desestimular abusos.

Da ciência à arte, o álcool está presente na vida das pessoas, mantendo seu emprego em tempos normais e de pandemia, não somente como bebida alcoólica, mas também na apresentação em gel para higienizar mãos e objetos. Entretanto, é preciso destacar que há risco à saúde na ingestão do álcool, cujo uso moderado é restrito aos adultos e a ingestão jamais deveria servir para atenuar problemas ou ter justificativa ineficaz, conforme parece ter ocorrido durante a pandemia de Gripe Espanhola (meados de 1918) quando, no Brasil, a população extraiu da ciência a ideia de que o álcool “matava germes” para estimular o consumo de uma mistura, supostamente terapêutica, de cachaça, mel e limão.

 

[1] Disponível :<https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/>. Acesso 11 mai. 2020.

[2]Nota do Comitê para Regulação do Álcool (CRA) sobre uso de bebidas alcoólicas na pandemia de COVID-19 Disponível:< http://fcmsantacasasp.edu.br/nota-do-comite-para-regulacao-do-alcool-cra-sobre-uso-de-bebidas-alcoolicas-na-pandemia-de-covid-19/>. Acesso 13 mai. 2020.

[3] Alcohol and suicidal behavior: what is known and what can be done. Conner KR, Bagge CL et al. Disponível: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25145740>.Acesso 11 mai. 2020.

[4]Comportamento suicida e abuso de álcool. Pompili M, Serafini G, Innamorati M, et al. Disponível: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20617037>. Acesso 11 mai. 2020.

[5] Disponível: < https://exame.abril.com.br/marketing/conar-investiga-gusttavo-lima-e-ambev-por-ingestao-excessiva-de-alcool/>. Acesso 11 mai. 2020.

[6]Disponível: < https://www.bonde.com.br/saude/corpo-e-mente/consumo-de-alcool-na-quarentena-preocupa-psiquiatras-516177.html>. Acesso 13 mai 2020.

Fonte: https://www.conjur.com.br/2020-mai-18/mp-debate-bebida-alcoolica-pandemia-coronavirus. Acesso 19 mai 2020

*Dr. Mário Sérgio Sobrinho é Procurador de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo. Foi bolsista do Programa Hubert H. Humphrey com especialização em Tribunais de Drogas e Abuso de Substâncias Químicas (EUA – 2011). Doutor e Mestre em Direito Processual Penal pela USP. Professor de Curso à Distância (Justiça Terapêutica) da Escola Superior do Ministério Público de São Paulo. Membro da Diretoria de Alcoólicos Anônimos (A.A.) do Brasil.

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Com a pandemia, o que mudou no uso de drogas? https://freemind.com.br/blog/com-pandemia-o-que-mudou-no-uso-de-drogas/ https://freemind.com.br/blog/com-pandemia-o-que-mudou-no-uso-de-drogas/#respond Fri, 17 Apr 2020 17:33:43 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=1310 Com muitos usuários de drogas lidando com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, o isolamento do coronavírus apresenta um desafio sem precedentes. Com o avanço das medidas de isolamento para tentar conter o novo coronavírus, alguns usuários de drogas ilegais passaram as estocar sua substância preferida para evitar desabastecimento no período em que […]

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Com muitos usuários de drogas lidando com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, o isolamento do coronavírus apresenta um desafio sem precedentes.

Com o avanço das medidas de isolamento para tentar conter o novo coronavírus, alguns usuários de drogas ilegais passaram as estocar sua substância preferida para evitar desabastecimento no período em que não podem deixar suas casas.

Mas as consequências podem ser devastadoras, alertam especialistas preocupados com a possibilidade de essas pessoas adotarem hábitos mais arriscados – como o uso de drogas com as quais não tenham familiaridade ou a abstinência, que pode ser perigosa se não for acompanhada.

À medida que as fronteiras internacionais se fecham e interrompem as vias de fornecimento dessas substâncias, as mesmas ficarão mais escassas e, com isso, o preço irá aumentar, ou as porções de drogas serão diminuídas, sem a devida redução dos preços.

Se uma determinada droga não estiver disponível, provavelmente os usuários a substituirão por outra: álcool, inalantes, benzodiazepínicos ou qualquer outra.

Outro problema que pode ocorrer com a escassez de uma determinada substância, é que a pureza desta droga deve cair e a ela devem ser adicionados outros materiais que podem comprometer ainda mais a saúde e a vida de seus usuários.

Além disso, pode haver uma alteração dos métodos de consumo de drogas, passando o dependente a utilizar, por exemplo, drogas injetáveis ou mesmo a fazer combinações letais de substâncias com a possibilidade, inclusive, de overdoses.

O consumo misto de maconha e álcool já teve um significante aumento em todo o mundo nas últimas semanas, já que são substâncias muito mais fáceis de serem encontradas.

De acordo com um estudo realizado pelo Observatório de Vícios e Consumos Problemáticos do Ombudsman da província de Buenos Aires (1), quase 21% dos 506 entrevistados, que consomem substâncias desde antes da quarentena, reconheceram ter aumentado essa prática no país nas últimas semanas. Os indicadores mais altos são encontrados entre os que bebem álcool (36,5%) e fumam tabaco (40%), seguidos pelos que usam antidepressivos ou ansiolíticos (10,1%). Eles recomendam o fortalecimento da implementação de campanhas públicas de divulgação e abordagem que já foram iniciadas por agências de saúde nacionais e provinciais da Argentina.

Outras conclusões do estudo, realizado por meio de uma plataforma on-line na primeira semana de abril com 506 pessoas acima de 18 anos residentes na província de Buenos Aires, indicaram que 48% dos que experimentaram novas substâncias reconhecem que será muito difícil parar com o consumo de álcool, tabaco e antidepressivos. Também foi citado o fato de que, num contexto em que é de vital importância manter a tolerância e a convivência pacífica dentro dos lares, o uso de substâncias afeta negativamente as relações interpessoais.

Quase 30% dos pesquisados, ou seja, 1 em cada 3, admitem que seu humor foi alterado – profunda ou moderadamente – durante a emergência. “Devemos ter em mente que o consumo de substâncias psicoativas pode ser, em muitos casos, uma resposta adaptativa individual que busca aliviar ou superar a situação de estresse decorrente do confinamento social. Assim, estamos presenciando uma situação paradoxal: indivíduos sob estresse recorrem ao uso de substâncias e o resultado de tal ação acaba sendo um estresse maior, o que, por sua vez, leva a situações de conflito com outros indivíduos com quem eles compartilham isolamento social ”, concluiu um dos pesquisadores.

Também deve-se ter em mente que as pessoas que fumam e/ou inalam substâncias têm maiores riscos na pandemia de Covid-19, riscos que se somam aos muitos já conhecidos sobre fumar/vaping, consumo excessivo de álcool e o uso de estupefacientes.

Em nível global, existe um consenso praticamente generalizado entre associações profissionais, organizações e sociedades científicas de que os esforços devem ser redobrados, neste contexto de pandemia, no desenvolvimento de campanhas de prevenção, conscientização e assistência em dependências.

O psicanalista e comentarista da Rádio Metrópole, Marcelo Veras, fez um alerta sobre os riscos envolvidos no uso de álcool, drogas e medicamentos como recurso para suportar o isolamento na pandemia de coronavírus. Em entrevista (2) a Mário Kertész, no dia 22 de março de 2020, Veras afirmou que em situações extremas como essa, é preciso aprender a lidar com o sofrimento em vez de usar substâncias como válvula de escape.

“Se nos apoiamos demais no medicamento, no álcool e nas drogas para suportar as coisas difíceis, quando realmente aparece algo muito difícil, a gente não tem mais instrumentos para poder reagir. (…) Muitas vezes, o que a gente precisa é saber suportar isso”, analisou.

Na avaliação de Veras, além de evidenciar a solidão da sociedade moderna, a pandemia faz com que as pessoas sejam obrigadas a ressignificar o sentido de suas ações. “Nesse momento a gente tem que, cada vez mais, se apoiar nos dispositivos da cultura para transcender a simples banalidade da existência cotidiana. É impressionante, depois da primeira semana de confinamento, a gente olhar para os armários e ver a quantidade de coisas que a gente não precisa. (…) Algumas pessoas achavam que não havia vida para além das baladas, dos cultos, do consumo; é importante esse momento como uma pulsão de vida”, disse.

1 https://www.eldia.com/nota/2020-4-13-15-18-0-adicciones-en-cuarentena-aumento-o-disminuyo-el-consumo-de-alcohol-y-tabaco–informacion-general

2 https://www.metro1.com.br/noticias/saude/89343,alcool-e-drogas-nao-devem-ser-valvula-de-escape-durante-isolamento-diz-psicanalista

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Tratamento de comorbidades associadas à dependência de drogas https://freemind.com.br/blog/tratamento-de-comorbidades-associadas-a-dependencia-de-drogas/ https://freemind.com.br/blog/tratamento-de-comorbidades-associadas-a-dependencia-de-drogas/#respond Thu, 30 Jan 2020 20:14:09 +0000 http://freemind.com.br/blog/?p=1142 COMORBIDADE Comorbidade pode ser definida como a coocorrência de duas ou mais enfermidades ou transtornos, em uma mesma pessoa, num determinado período de tempo (ou por tempo indeterminado). A manifestação de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de drogas e de outros transtornos psiquiátricos, vem sendo bastante estudada desde os anos 80. Pode-se […]

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COMORBIDADE

Comorbidade pode ser definida como a coocorrência de duas ou mais enfermidades ou transtornos, em uma mesma pessoa, num determinado período de tempo (ou por tempo indeterminado).

A manifestação de transtornos mentais e de comportamento, decorrentes do uso de drogas e de outros transtornos psiquiátricos, vem sendo bastante estudada desde os anos 80. Pode-se dizer que o abuso de substâncias psicoativas é o transtorno coexistente mais frequente entre os portadores de transtornos mentais, sendo fundamental o correto diagnóstico das doenças envolvidas.

Os transtornos mais comuns incluem os transtornos de humor, como a depressão, os transtornos de ansiedade, os transtornos de conduta, o déficit de atenção e hiperatividade e a esquizofrenia. Transtornos alimentares e transtornos da personalidade também estão relacionados com o abuso de substâncias psicoativas.

Diagnóstico – Relevância Clínica

Uma das maiores dificuldades na abordagem do paciente com comorbidade está no diagnóstico diferencial, pois ocorre uma superposição de sintomas. Um transtorno pode aumentar ou mascarar o outro: intoxicação por abuso de álcool ou estimulantes, por exemplo, pode produzir sintomas de mania ou hipomania enquanto abstinência a substâncias, com frequência, se manifesta com sintomas de disforia e depressão. Não é fácil, no início, estabelecer diferenças entre a presença de comorbidade psiquiátrica e abuso de substâncias psicoativas.

Por outro lado, também ainda não é claro o efeito dessas substâncias na apresentação dos sintomas em pacientes com transtornos mentais graves, não sendo possível estabelecer a real influência das drogas psicoativas sobre a psicopatologia: alucinações experimentadas por dependentes de álcool podem não diferir significativamente das alucinações experimentadas por pacientes esquizofrênicos. Aspectos envolvendo gênero, etnia e status socioeconômico também não devem ser esquecidos. Muitos autores concordam que tais fatores podem levar “a pistas” de situações ambientais traumáticas ou dificuldades variadas que influenciam o desenvolvimento e/ou o agravamento, tanto das questões relacionadas ao abuso de substâncias psicoativas quanto à comorbidade psiquiátrica. Em razão do elevado índice de comorbidade com AOS entre mulheres, que apresentam diagnóstico psiquiátrico, em relação aos homens, uma atenção especial deve ser dada para o acesso ao uso de álcool ou outras substâncias (AOS) para o sexo feminino.

Médicos, psiquiatras e profissionais da saúde tendem a não detectar o abuso de substâncias psicoativas em pacientes com doença psiquiátrica grave, como esquizofrenia e depressão. Além disso, no sentido oposto, em programas de tratamento para abuso de substâncias foi encontrado que metade dos pacientes que apresentavam comorbidade psiquiátrica nunca havia recebido tratamento para este problema. O tempo necessário de abstinência de álcool ou outras drogas para se firmar o diagnóstico do transtorno primário ainda não foi definido na literatura médica, podendo variar de semana a meses.

O correto diagnóstico por meio das entrevistas iniciais ou da observação da evolução clínica pode facilitar a abordagem terapêutica e as estratégias de prevenção de recaída.

 O que investigar?

  1. História dos sintomas psiquiátricos
  2. Tratamentos passados (hospitalizações, terapias, medicações);
  3. Ideações suicidas ou atos de violência;
  4. História do uso de álcool e outras drogas (tabaco);
  5. Avaliação com a família.

Elementos do Diagnóstico Diferencial:

  1. Identificar as queixas isoladas e as síndromes incompletas;
  2. Observar a sequência de aparição dos transtornos;
  3. Valorizar a história pessoal ou familiar de transtorno psiquiátrico;
  4. Avaliar a ocorrência dos sintomas psiquiátricos durante períodos de remissão do transtorno de uso de substâncias psicoativas;
  5. A melhora rápida pós-desintoxicação sugere que o transtorno tenha sido causado por AOS;
  6. Utilizar questionários padronizados (Instrumentos de Pesquisa);
  7. Revisão de prontuário;
  8. Exame físico;
  9. Realizar exames laboratoriais, de urina e bafômetro.

TRATAMENTO

Tratamento integrado e organização de serviço: vários sintomas atribuídos a uma comorbidade são muitas vezes sintomas associados ao período de intoxicação ou de abstinência a uma ou mais substância psicoativa.

Osher & Kofoed (1989) propuseram abordagem integrada para pacientes comórbidos, que incluem os seguintes fatores:

  1. a) Estratégias para aumentar a adesão ao tratamento;
  2. b) Convicção acerca da relação entre abuso de substâncias psicoativas e transtorno psiquiátrico;
  3. c) Tratamento concomitante dos dois distúrbios para aliviar qualquer conflito entre as modalidades de tratamento.

Outros autores também sugerem que o tratamento integrado de pacientes com comorbidade psiquiátrica tem um melhor resultado do que o tratamento sequencial ou o paralelo, com uma abordagem abrangente, incluindo maneiras para “lidar” com a crise aguda, por equipe multidisciplinar e por terapeuta individual, aguardando a desintoxicação com abstinência por, no mínimo, duas semanas. A pior evolução dos pacientes dependentes de drogas que apresentam comorbidade psiquiátrica pode ser atribuída, em grande parte, à abordagem tradicional, que trata a dependência em um serviço e o transtorno psiquiátrico associado em outro.

Serviços voltados ao atendimento de pacientes dependentes têm pouca segurança e experiência em trabalhar com pacientes psicóticos, pacientes bipolares ou com graves transtornos de personalidade e acreditam que seu tratamento está além de suas possibilidades. Por esta razão, existem propostas para programas específicos, que permitam às equipes de saúde mental desenvolver formas efetivas de lidar com tais pacientes, visando conscientizá-los da necessidade de se tornarem abstinentes, melhorar sua adesão ao tratamento e reorganizar suas redes sociais. Alguns autores enfatizam a necessidade de incluir também no tratamento, além dos itens aqui citados, programas psicoeducacionais (exemplo: orientação ou aconselhamento) para atendimento familiar.

Pacientes com dependência química necessitam de maiores esforços, por parte do terapeuta, para estabelecer uma aliança capaz de promover mudanças em seu comportamento e aumentar as possibilidades de aderência à terapia proposta. As psicoterapias têm se mostrado atualmente consistentes, quando avaliadas em pesquisas clínicas para o uso AOS e transtornos de ansiedade e do humor, tanto depressivo quanto bipolar, além de fortalecer a aliança terapêutica nos portadores de demais transtornos.

Esta aliança tem importância especial para os portadores de transtorno de personalidade, que apresentam dificuldades para mudanças de estágio, redução da adesão e altas taxas de abandono de tratamento.

Vários tipos de intervenção são propostas, entre elas tem sido dada preferência à terapia cognitiva comportamental (TCC) e outras modalidades relacionadas, na forma de prevenção de recaída, tanto individual como em grupo.

Em relação ao tratamento farmacológico, a regra geral é aguardar o período de desintoxicação para iniciar o tratamento da comorbidade. Considerações específicas na escolha do agente farmacológico para o uso em pacientes com dependência de substâncias incluem: segurança, toxicidade e potencial de abuso. Obviamente, se um paciente está em crise psicótica, agressivo ou suicida, a intervenção imediata específica deve ser realizada, ainda que se considere o transtorno afetivo relacionado à dependência química (ou seja, farmacoterapia, proteção ambiental, orientação familiar, psicoterapia de apoio).

Os seguintes itens devem ser considerados, centrados em estratégias de manejo biopsicossocial:

  1. Considerar a combinação específica da comorbidade e o estágio da motivação, ao escolher o melhor método de tratamento.
  2. Considerar o uso de farmacoterapia para o tratamento do transtorno psiquiátrico, desintoxicação e fase inicial de recuperação e prevenção de recaída.
  3. Usar técnicas psicossociais para aumentar a motivação, auxiliar na resolução de problemas ambientais e em maneiras de lidar com situações difíceis.
  4. Fornecer apoio familiar e informação sobre tratamento adicional de apoio, como grupos baseados nos 12 passos de Alcoólicos Anônimos e outros grupos de autoajuda.
  5. Apoio psiquiátrico para o controle de sintomas psicóticos, maníacos e depressivos, com ou sem risco de suicídio.

Fonte: https://www.informalcool.org.br/sites/default/files/media/pdf/MOD%205_Cap6.pdf

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Deputado do Mato Grosso do Sul propõe medidas de prevenção ao uso de drogas em universidades https://freemind.com.br/blog/deputado-do-mato-grosso-do-sul-propoe-medidas-de-prevencao-ao-uso-de-drogas-em-universidades/ https://freemind.com.br/blog/deputado-do-mato-grosso-do-sul-propoe-medidas-de-prevencao-ao-uso-de-drogas-em-universidades/#respond Wed, 20 Nov 2019 14:00:49 +0000 http://freemind.com.br/blog/?p=1051 As universidades particulares e públicas de Mato Grosso do Sul poderão criar órgãos colegiados para discutir, planejar e implementar campanhas de prevenção ao uso de drogas ilícitas em todo o campus universitário. É o que prevê Projeto de Lei de autoria do deputado Marcio Fernandes, apresentado durante a sessão ordinária realizada no dia 30 de […]

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As universidades particulares e públicas de Mato Grosso do Sul poderão criar órgãos colegiados para discutir, planejar e implementar campanhas de prevenção ao uso de drogas ilícitas em todo o campus universitário. É o que prevê Projeto de Lei de autoria do deputado Marcio Fernandes, apresentado durante a sessão ordinária realizada no dia 30 de outubro.

Conforme a proposta, o colegiado deverá ser composto por representantes discentes, docentes e servidores da universidade. As campanhas deverão considerar as drogas ilícitas mais utilizadas na comunidade, a redução dos fatores de risco detectados, os fatores de proteção identificados e as características específicas do público-alvo.

As universidades ficarão encarregadas de promover, na primeira semana de aula após o período de matrículas, atividades educativas para orientar sobre os riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas, para aconselhar os acadêmicos e realizar avaliação psicossocial. As campanhas ainda deverão abordar o desenvolvimento das seguintes habilidades sociais: autoestima, assertividade, resiliência, comunicação, relacionamento, hábitos de estudo, resolução de problemas sociais, autocontrole e estanqueidade de violência.

Nos casos detectados como grupo vulnerável, a direção da universidade deverá dar atenção psicossocial e priorizar a participação em atividades esportivas, culturais e em programas de socialização. “O ingresso na universidade representa o transpasse da adolescência para vida adulta. É um período de aquisição de novos conhecimentos, não apenas acadêmicos, mas também experiências sociais, afetivas e pessoais.

Neste momento, o estudante pode estar exposto à exacerbada vulnerabilidade que propicia grande risco para experimentação, uso e abuso de drogas. Portanto, é necessária a intervenção do Estado com medidas para coibir o uso de substâncias ilícitas”, destacou o deputado. Marcio disse ainda que há um consenso no meio científico de que o uso e abuso de substâncias psicotrópicas é multifatorial. “Os principais fatores envolvidos são curiosidade, obtenção de prazer, influência do grupo, pressão social, baixa autoestima e dinâmica familiar. Por isso, é imprescindível a implantação de políticas de prevenção”.

Fonte: Diário Digital

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Efeitos do consumo de drogas parental no desenvolvimento/saúde mental da criança https://freemind.com.br/blog/efeitos-do-consumo-de-drogas-parental-no-desenvolvimento-saude-mental-da-crianca/ https://freemind.com.br/blog/efeitos-do-consumo-de-drogas-parental-no-desenvolvimento-saude-mental-da-crianca/#respond Wed, 23 Oct 2019 09:00:25 +0000 http://freemind.com.br/blog/?p=1000 Os efeitos do consumo de drogas pelos pais, no desenvolvimento das crianças, dependem muito da intensidade e do tempo de consumo. Porém, sempre são prejudiciais, tanto as legais, quanto as ilegais. No que diz respeito às drogas legais, seu consumo deve ser suspenso, inclusive, se possível, antes da gravidez. A xantina, café, mate, etc, consumidas […]

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Os efeitos do consumo de drogas pelos pais, no desenvolvimento das crianças, dependem muito da intensidade e do tempo de consumo. Porém, sempre são prejudiciais, tanto as legais, quanto as ilegais.

No que diz respeito às drogas legais, seu consumo deve ser suspenso, inclusive, se possível, antes da gravidez. A xantina, café, mate, etc, consumidas em qualquer quantidade, acarretariam menor peso ao bebê e maiores riscos de parto prematuro. Já o tabaco provoca mudanças na gestação, principalmente ao nascer, como parto prematuro e complicações no parto.

O álcool deve ser suspenso por riscos de má-formações de distintas identidades e quantidades, aborto, complicações na gestação e no parto. O álcool é o principal teratógeno (gerador de má-formação) conhecido.

Portanto a maconha e outras drogas atravessam a barreira da placenta e chegam ao feto causando inúmeras consequências para a criança, comprovados cientificamente.

Um artigo publicado por Lany L. C. Rocha Campelo, Raionara C. de Araujo Santos, Margareth Angelo e Maria do Perpétuo Socorro de S. Nóbrega, intitulado “Efeitos do consumo de drogas parental no desenvolvimento e saúde mental da criança: revisão integrativa”, retrata uma análise no desenvolvimento e na saúde mental das crianças.

Alguns pontos destacados no estudo:

-O uso de substâncias psicoativas por mulheres grávidas está relacionado a prejuízos nas  funções  cognitivas  das  crianças,  impactando em dificuldades na manutenção da atenção e prejuízos na memória e no aprendizado, com maior deficiência ou retardo no desenvolvimento cognitivo em crianças de até dois anos.

-Foram descritas alterações neurocomportamentais transitórias de leve a moderada na infância, problemas comportamentais em longo prazo observados desde a infância até a adolescência, assim como possíveis repercussões em longo prazo na capacidade de aprendizagem de crianças expostas intraútero, sendo a gravidade da expressão de tais problemas influenciada por fatores ambientais e pela extensão do período de exposição do feto às substâncias.

-A exposição ao álcool e outras drogas é uma das muitas influências negativas do meio ambiente para o desenvolvimento infantil. Em muitos casos, o uso parental da substância é um marcador substancial para a disfunção familiar levando a resultados previsivelmente negativos para as crianças. Somado a isso, crianças nascidas de gestações desfavoráveis e vindas de situação socioeconômica adversa são expostas a vários riscos e a uma maior tendência a atrasos no seu desenvolvimento neuropsicomotor.

-Foram analisados 11 artigos sobre efeitos neonatais do consumo de drogas em gestantes e consequências do uso de drogas no desenvolvimento cognitivo, motor e psicossocial das crianças. O Estudo foi realizado em conjunto pelas Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Universidade de São Paulo (USP).

O artigo conclui que o consumo abusivo de drogas parental influencia, sob diversos aspectos, o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos, além de poder ocasionar problemas de saúde mental e comportamentais, seja pelas consequências diretas do consumo de substâncias psicoativas, seja pelos efeitos indiretos, como abandono e descuido, falta de carinho e atenção, maus-tratos, entre outros, que tal consumo gera para a criança.

Além disso, os resultados negativos do uso de drogas parental identificados neste estudo incluíram aqueles desencadeados pela exposição intraútero da criança à droga que resultam em alterações perceptíveis imediatamente ao nascimento, como aquelas que afetam as medidas antropométricas (estatura, peso ao nascer, perímetro cefálico); os que impactam diretamente nas condições de saúde, como ocorre nas malformações congênitas, na síndrome da dificuldade respiratória ou na síndrome da abstinência neonatal; e aquelas que afetam o desenvolvimento cognitivo, motor e psicológico das crianças ainda em formação, como as relacionadas às habilidades cognitivas complexas, que só podem ser observadas ao longo do desenvolvimento da criança, ou seja, durante a idade escolar e anos posteriores.

Através desse estudo é possível contribuir com o conhecimento acerca da temática, fomentando mais discussões sobre as consequências do uso parental no desenvolvimento e saúde mental infantil, assim como mostrar as consequências que esse consumo gera nas crianças, salientando a importância de campanhas educativas para pais e mães visando à prevenção, redução e/ou interrupção deste ato.

Veja o artigo completo: https://www.revistas.usp.br/smad/article/view/161463

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“Cigarro eletrônico é propaganda enganosa que já ameaça os adolescentes no Brasil https://freemind.com.br/blog/cigarro-eletronico-e-propaganda-enganosa-que-ja-ameaca-os-adolescentes-no-brasil/ https://freemind.com.br/blog/cigarro-eletronico-e-propaganda-enganosa-que-ja-ameaca-os-adolescentes-no-brasil/#respond Mon, 21 Oct 2019 09:00:41 +0000 http://freemind.com.br/blog/?p=997 No momento em que a indústria do tabaco tenta reverter a proibição da venda de cigarro eletrônico no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa agir com a máxima cautela. Principalmente depois do surgimento de centenas de casos de doenças pulmonares graves em jovens nos Estados Unidos (com seis mortes até o dia […]

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No momento em que a indústria do tabaco tenta reverter a proibição da venda de cigarro eletrônico no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa agir com a máxima cautela. Principalmente depois do surgimento de centenas de casos de doenças pulmonares graves em jovens nos Estados Unidos (com seis mortes até o dia 18 de setembro de 2019), relacionadas ao uso de vaporizadores com sabor.

“Cigarro eletrônico é propaganda enganosa que já ameaça os adolescentes no Brasil”, diz o médico João Paulo Lotufo, especialista em pneumologia pediátrica. Médico assistente do Hospital Universitário da USP e representante da Sociedade Brasileira de Pediatria para assuntos de álcool e drogas, Lotufo criou o personagem Dr. Bartô para disseminar informação sobre os riscos do cigarro eletrônico e outras drogas.

Dr. Lofuto, palestrante e colaborador do 6º Congresso Internacional Freemind, concedeu uma entrevista ao blog VivaBem (Uol):

VivaBem: Como o cigarro eletrônico evoluiu nos últimos anos?

Lotufo: O cigarro eletrônico já está na quarta geração. O primeiro era uma canetinha com uma ampola de nicotina líquida, um chip e uma pilha. Ele foi lançado mais ou menos na mesma época em que se proibiu o fumo em ambientes fechados. Ele seria uma alternativa para quem quisesse fumar nos locais onde o cigarro normal era proibido. Depois foram aperfeiçoando até chegar aos vaporizadores (ou vapers). Essa é uma tática interessante da indústria do tabaco. Hoje ela diz que a pessoa não fuma, ela vaporiza. Há um aquecedor do líquido que está lá dentro. Esse líquido tem nicotina, vários sabores e outras substâncias também, como o glicerol.

VivaBem: Em que momento surge essa ideia de vaporizar?

Lotufo: Isso aparece quando há uma redução do consumo de tabaco, principalmente no Ocidente. Foi quando a indústria decidiu lançar esses produtos com o discurso de que eles causariam menos mal do que o cigarro comum. Esse argumento não se sustenta. Basta ver o que está acontecendo nos Estados Unidos, onde houve uma epidemia de uso de vapers, principalmente do Juul. O produto tem uma alta concentração de nicotina. Com isso, ele vicia mais. O que vicia é a nicotina. Isso foi lançado como sendo uma redução de danos para os indivíduos que fumam e não conseguem parar de fumar. É propaganda enganosa. Segundo alguns estudos, os jovens que usam o cigarro eletrônico passam a fumar o cigarro convencional em poucos meses. E também cigarro de maconha. Nesses vapers, a pessoa pode colocar um monte de coisas. Há os aditivos, que podemos chamar de perfumarias.

Veja a entrevista completa no link https://bit.ly/2q4OBFZ

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