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Arquivos Saúde - Blog Freemind https://freemind.com.br/blog/tag/saude/ Blog Freemind e Issup Brasil Wed, 08 May 2024 16:54:59 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://freemind.com.br/blog/wp-content/uploads/2021/09/Freemind-Fiveicon.png Arquivos Saúde - Blog Freemind https://freemind.com.br/blog/tag/saude/ 32 32 Drogas e a sociedade https://freemind.com.br/blog/drogas-e-a-sociedade/ https://freemind.com.br/blog/drogas-e-a-sociedade/#respond Fri, 03 May 2024 20:41:53 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=4100 No mundo de hoje, onde as ondas de progresso tecnológico e cultural nos empurram cada vez mais rápido, há correntes subterrâneas que ameaçam arrastar partes significativas de nossa população para profundezas perigosas. Estas correntes são as dependências relacionadas a drogas e sociedade — de álcool, drogas ilícitas e, cada vez mais, digitais. Diante do caos […]

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No mundo de hoje, onde as ondas de progresso tecnológico e cultural nos empurram cada vez mais rápido, há correntes subterrâneas que ameaçam arrastar partes significativas de nossa população para profundezas perigosas. Estas correntes são as dependências relacionadas a drogas e sociedade — de álcool, drogas ilícitas e, cada vez mais, digitais.

Diante do caos que estamos nos aproximando, é comum vozes importantes bradarem na mídia com a frase:

“ALGUÉM PRECISA FAZER ALGUMA COISA!”

Este artigo não é apenas uma reflexão, mas um chamado à ação para a sociedade civil, convidando-a a reconhecer e assumir seu papel crucial no combate a essas dependências.

Uma Epidemia Oculta

Quando falamos sobre epidemias, a mente rapidamente se volta para doenças infecciosas, grandes alertas de saúde pública que se espalham visivelmente e exigem resposta imediata. No entanto, há uma epidemia mais silenciosa, mas igualmente devastadora, que cresce nas sombras: a dependência de álcool e outras drogas, incluindo as digitais. Esta “epidemia oculta” permeia todos os níveis da sociedade, afetando indivíduos de todas as idades, gêneros e classes sociais, e seus efeitos são profundamente destrutivos tanto para os indivíduos quanto para as comunidades ao redor.

Leia mais: A verdade sobre o abuso de drogas na Antiguidade, revelada pela ciência

Enquanto avanços tecnológicos e médicos continuam a salvar vidas, a dependência química e digital secretamente erode o tecido social e familiar. Estatísticas globais são alarmantes, mas os números só contam parte da história. Por trás de cada estatística há um indivíduo, uma família, uma comunidade devastada. A dependência é uma doença que não discrimina, afetando todas as esferas socioeconômicas e culturais.

A Escala do Problema

De acordo com o relatório World Drug Report 2023 da Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o uso de drogas ilícitas continua elevado em todo o mundo. Em 2021, 1 em cada 17 pessoas com idades entre 15 e 64 anos no mundo haviam consumido drogas nos últimos 12 meses.  O número estimado de usuários aumentou de 240 milhões em 2011 para 296 milhões em 2021 (5,8% da população global com idades entre 15 e 64 anos). Isso representa um aumento de 23%, em parte devido ao crescimento populacional. Conforme o mesmo relatório, os jovens continuam a ser o grupo mais vulnerável ao consumo de drogas. Globalmente, em 2021, a prevalência anual do consumo de cannabis entre os jovens de 15 e 16 anos foi de 5,34%, em comparação com 4,3% para os adultos.

No Brasil, o III Levantamento Nacional sobre o uso de drogas pela população brasileira, resultado da parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), mostrou que o país possui por volta de 2,5 milhões de pessoas com dependência alcoólica e 2 milhões de pessoas com dependência de outras substâncias. O Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), que é uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde do Brasil, também trouxe dados importantes para o cenário brasileiro. A prevalência do tabagismo na população adulta brasileira (18-24 anos) diminuiu de 15,2% em 2022 para 14,5% em 2023, o que foi uma boa notícia, mas ainda há muito a ser feito para reduzir o consumo de tabaco no país, e a prevalência do consumo do álcool na população jovem adulta brasileira aumentou de 59,4% em 2022 para 60,6% em 2023.

Leia mais: A importância de unir esforços para trabalhar em prol da construção de uma Cultura da Prevenção

Impactos Pessoais e Sociais

O impacto da dependência é catastrófico e multifacetado:

Saúde Física e Mental: Além dos danos óbvios à saúde física — como doenças hepáticas, câncer, problemas cardiovasculares e overdose — a dependência também deteriora a saúde mental, aumentando o risco de depressão, ansiedade e outros transtornos psiquiátricos.

Desintegração Social: A dependência frequentemente leva à quebra de relações familiares, perda de emprego e isolamento social, exacerbando o ciclo de uso e abuso de substâncias.

Custo Econômico: O impacto econômico é igualmente grave, com custos enormes para os sistemas de saúde, perda de produtividade no trabalho, e despesas relacionadas à criminalidade e aos acidentes de trânsito.

Efeitos Intergeracionais: A dependência também tem um componente intergeracional, afetando não apenas quem consome as substâncias, mas também seus familiares e especialmente seus filhos, que podem sofrer de problemas emocionais e de comportamento.

Leia mais:  A idade da primeira intoxicação alcoólica aumenta o risco de transtornos psiquiátricos futuros 

O Desafio da Detecção e Intervenção

Um dos maiores desafios no combate à epidemia de dependência é sua detecção. Muitos dos que sofrem são hábeis em ocultar seus problemas, e a sociedade ainda hesita em falar abertamente sobre essas questões. O estigma associado à dependência é um obstáculo significativo, fazendo com que muitos evitem buscar ajuda. Além disso, a falta de recursos e programas de intervenção acessíveis e eficazes significa que muitos dos que são diagnosticados não recebem o tratamento de que precisam.

A necessidade de uma resposta coordenada é clara. É necessário um esforço conjunto que envolva educação, recursos de saúde pública, apoio comunitário e políticas governamentais eficazes para não apenas tratar aqueles que já estão sofrendo, mas também para prevenir a incidência de novos casos. Esta abordagem também deve incluir uma mudança na percepção pública da dependência, de uma falha moral para uma questão de saúde pública que requer compaixão e apoio contínuo.

A “epidemia oculta” de dependência é um problema complexo que exige uma resposta sofisticada e multifacetada. Reconhecer a escala e a seriedade do problema é o primeiro passo para desenraizar suas causas e mitigar seus efeitos devastadores. Somente através de uma abordagem holística e inclusiva podemos esperar virar o jogo contra essa maré que continua a devastar vidas em silêncio.

Cada indivíduo tem o poder de influenciar positivamente a batalha contra as dependências, seja através do diálogo aberto, da participação em iniciativas comunitárias ou simplesmente ao educar-se e aos outros sobre as realidades deste desafio global. É crucial que nos unamos não só como indivíduos, mas como uma comunidade global em prol de uma mudança significativa.

Convidamos você a se envolver ativamente nesta causa. Acompanhe-nos em nossas redes sociais, onde continuamos a explorar esses temas, oferecendo recursos, compartilhando histórias de sucesso e discutindo estratégias para combater a dependência. Sua participação é vital para construir uma comunidade informada e resiliente que possa enfrentar juntos esses desafios.

Junte-se a nós hoje mesmo e torne-se um agente de mudança. Siga-nos no Twitter, Instagram e Facebook para atualizações contínuas, insights e maneiras de se envolver.

Juntos, podemos dar luz a essa questão oculta e trabalhar para um futuro onde o suporte e a compreensão substituam o estigma e o isolamento. Seu envolvimento pode realmente fazer a diferença. Venha fazer parte desta missão essencial.

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Dicas de prevenção às drogas https://freemind.com.br/blog/dicas-de-prevencao-as-drogas-2/ https://freemind.com.br/blog/dicas-de-prevencao-as-drogas-2/#respond Mon, 01 Apr 2024 14:28:33 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=4057 O uso de drogas pode expor uma pessoa a vários riscos para a sua saúde , especialmente se esse consumo evolui de ocasional para um quadro de dependência mais grave. O primeiro passo para qualquer tipo de dependência, seja ela ao álcool ou à outras drogas, é o ato de experimentar a sensação que esses […]

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O uso de drogas pode expor uma pessoa a vários riscos para a sua saúde

, especialmente se esse consumo evolui de ocasional para um quadro de dependência mais grave.

O primeiro passo para qualquer tipo de dependência, seja ela ao álcool ou à outras drogas, é o ato de experimentar a sensação que esses produtos podem oferecer para o organismo. A partir daí, mesmo que o indivíduo não tenha uma tendência genética para o desenvolvimento do vício, o risco de vivenciar situações de abuso no consumo desses compostos se torna cada vez maior.

A única maneira de evitar o problema com consumo de drogas na vida adulta é atuar com a prevenção. Confira algumas dicas simples para manter um indivíduo longe desse vício, garantindo a manutenção da sua saúde e aumento da qualidade de vida:

Saiba dizer “não”

O primeiro cuidado que uma pessoa deve ter para se manter distante do consumo de drogas é saber recusar seu consumo, sem se preocupar com o julgamento de outras pessoas. Dizer a alguém que lhe oferece drogas que você não tem interesse em consumir aquele produto pode ser feito de maneira tranquila e cordial, sem precisar ofender ou agredir quando se sentir pressionado para aceitar a oferta.

Saiba desviar o assunto e reforçar, de forma clara, os motivos pelos quais você não se interessa por esse tipo de atitude para se divertir.

Escolha bem suas companhias

Os amigos são a principal porta de entrada para o consumo das drogas, por isso é importante saber escolher bem com quem você convive para poder prevenir o uso dessas substâncias nocivas à saúde.

Observe os hábitos do grupo com o qual você convive, quais são suas ideias de diversão e se eles costumam julgar alguém que não quer seguir suas sugestões de atividades. Se você começar a se sentir inseguro e desconfortável com relação à pressão que seus amigos lhe exercem para consumir drogas, não hesite em se afastar do grupo e procurar novas companhias.

Saber escolher melhor seus amigos não significa que você deva evitar conviver com alguém que faça uso, mas basta que seus amigos saibam respeitar a sua escolha de não consumir.

Conte com sua família e participe de grupos de apoio

A harmonia em ambientes familiares é uma ótima estratégia para contribuir para a prevenção do uso de drogas na adolescência, mas também na vida adulta. Para pessoas que enfrentam dificuldades em ambientes familiares, a participação em grupos comunitários, ou até mesmo religiosos, pode ser uma ótima alternativa para que eles se mantenham distantes dos problemas e do uso de drogas.

Pratique esportes

Praticantes de atividades físicas geralmente se mantêm distantes do uso de drogas. Como o exercício físico estimula a produção de endorfina, que é um hormônio relacionado com a sensação de prazer, esses indivíduos procuram com menor frequência o uso de drogas para se sentirem melhores.

Por esse motivo, uma das formas de prevenção mais eficientes para o uso de drogas na vida adulta é o estímulo da prática regular de atividades físicas de maneira equilibrada, valorizando a manutenção da saúde e o bem-estar.

Fonte: Gabata life

http://gabatalife.com.br/5-formas-de-prevencao-contra-o-uso-de-drogas-na-vida-adulta/

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WiRED lança o módulo Parar de Beber pela Saúde https://freemind.com.br/blog/wired-lanca-o-modulo-parar-de-beber-pela-saude/ https://freemind.com.br/blog/wired-lanca-o-modulo-parar-de-beber-pela-saude/#respond Wed, 05 Oct 2022 13:20:21 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3543 WiRED International lança uma ferramenta nova e importante para todos os membros da comunidade. O que é dependência de álcool? Como é medido o consumo de álcool? Existe uma definição para “beber moderado”? Para responder a essas e muitas outras perguntas, a WiRED International acabou de concluir o módulo Quitting Alcohol for Health, que explica: Dependência de álcool […]

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WiRED International lança uma ferramenta nova e importante para todos os membros da comunidade.

O que é dependência de álcool? Como é medido o consumo de álcool? Existe uma definição para “beber moderado”?

Para responder a essas e muitas outras perguntas, a WiRED International acabou de concluir o módulo Quitting Alcohol for Health, que explica:

  • Dependência de álcool
  • Consequências do consumo de álcool
  • Fatores que afetam o consumo de álcool (por exemplo, idade, sexo, histórico familiar)
  • Problemas de saúde e consumo de álcool
  • Doenças relacionadas ao álcool e lesões por quedas ou acidentes
  • Efeitos a longo prazo do álcool nos órgãos do corpo
  • Transtornos por uso de álcool e suas causas, fatores de risco, diagnóstico, tratamento e prevenção

Lidar com a dependência de álcool é difícil e superar esse transtorno é muitas vezes um caminho longo e exigente. A dependência do álcool pode levar a sérios problemas de saúde, relacionamento, emprego e legais.

Embora este módulo tenha sido desenvolvido como uma ferramenta educacional para todos, é especialmente relevante para o importante trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS).

À medida que realizam seu trabalho em ambientes clínicos e de sala de aula, os trabalhadores da área da saúde (CHWS) provavelmente encontrarão pessoas dependentes de álcool.

O novo módulo irá equipar os ACSs da WiRED para reconhecer e compreender a dependência de álcool e conhecer estratégias gerais para orientar as pessoas dependentes de álcool para longe do álcool.

 

Sobre a WiRED International

A WiRED International é uma organização sem fins lucrativos dirigida por voluntários, que oferece educação médica e de saúde para regiões afetadas por conflitos e carentes desde 1997, além de fornecer programas, equipamentos (laptops, projetores, equipamentos solares, entre outros), instruções de saúde coordenadas e bibliotecas completas de treinamento em saúde.

Ao longo dos anos, a organização abriu instalações em 15 países, enquanto ONGs, escolas médicas e hospitais em muitos outros países adotaram seus programas de educação em saúde comunitária.

Os programas educacionais da WiRED são baseados em tecnologia e revisados ​​por pares. Desde a década de 1990, a organização armazenava programas em disquetes e CD-ROMs e hoje conta com a Internet e pendrives.

Programas completos de treinamento em saúde, usando computadores e projetores, podem ser operados em comunidades remotas inteiramente em equipamentos solares do tamanho de um mata-borrão de mesa.

Com essa tecnologia, as pessoas podem levar centenas de programas de treinamento além da rede para os lugares mais distantes. Isso abre a educação em saúde para pessoas que há muito foram esquecidas por outros programas.

Todos os recursos WiRED — online e em mídia portátil — são gratuitos para os usuários.

O Centro de Desenvolvimento e Distribuição de Programas de Educação em Saúde da WiRED oferece módulos de treinamento interativos gratuitamente online e para download em mídia portátil.

Esse Centro virtual, que extrai conteúdo intelectual e recursos de regiões de abundância, os processa para novos públicos e distribui essas informações para regiões de escassez.

Lançada em 2011, a biblioteca eletrônica com mais de 300 módulos de educação médica e de saúde permite que médicos e enfermeiros, pacientes, profissionais de saúde e comunidades abordem a prevenção e o tratamento de doenças infecciosas e não transmissíveis em áreas em desenvolvimento do mundo.

Todos os módulos de treinamento são desenvolvidos pela equipe de médicos, editores médicos, geradores de imagens e técnicos da WiRED International, juntamente com uma série de outros especialistas médicos. A equipe atualiza continuamente o material existente e cria novos módulos para fornecer uma rica fonte de informações sobre saúde.

São membros fundadores e fazem parte do Conselho de Administração e do Conselho Consultivo da organização, respectivamente, a Dra. Suellen Crano e o Dr. William Crano, parceiros e treinadores da Mobilização Freemind e ISSUP Brasil.

Se quiser saber mais sobre a WiRED, acesse o site. A maioria dos seus funcionários são voluntários e 95% de seus fundos – vindos da generosidade de indivíduos e de pequenas fundações – vão diretamente para a programação.

Apoie e ajude a divulgar esse trabalho tão importante. Na Biblioteca, você encontrará uma sessão voltada para os problemas de uso de substâncias.

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A importância dos programas de prevenção nas escolas https://freemind.com.br/blog/a-importancia-dos-programas-de-prevencao-de-drogas-nas-escolas-para-conter-o-abuso-de-substancias-em-estudantes/ https://freemind.com.br/blog/a-importancia-dos-programas-de-prevencao-de-drogas-nas-escolas-para-conter-o-abuso-de-substancias-em-estudantes/#respond Thu, 28 Apr 2022 12:37:11 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3327 A importância dos programas de prevenção nas escolas.

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A importância dos programas de prevenção nas escolas

Os adolescentes e as crianças fazem parte de um grupo de altíssimo risco de abuso de substâncias e isso é duplamente verdadeiro quando falamos daqueles oriundos de famílias disfuncionais ou comunidades financeiramente mais pobres.

Isso ocorre porque os indivíduos são impressionáveis ​​e vulneráveis ​​a influências externas durante a adolescência e, sem a devida orientação, é muito provável que recorram ao abuso de drogas e álcool para lidar com o estresse e a ansiedade do dia a dia.

Por isso, é importante que o uso de drogas e seus malefícios sejam abordados em todos os ambientes possíveis! A questão é: Que ambientes são esses e como eu posso fazer isso?

Os lugares em que podemos implementar os programas são muitos, mas, hoje, vamos falar especificamente dos programas de prevenção nas escolas. Continue lendo para saber mais!


A necessidade de programas de prevenção baseados na escola

Pelas razões acima mencionadas, as escolas e outras instituições de ensino devem organizar programas de prevenção de drogas para conter o abuso de substâncias em alunos em risco nos estágios mais iniciais.

A necessidade de um programa de prevenção de drogas nas escolas surge porque a maioria dos adolescentes passa um número significativo de suas horas de vigília nas dependências da escola todos os dias.

Muitos deles não têm o sistema de apoio necessário em casa, pois vêm de famílias quebradas ou disfuncionais. Assim, a responsabilidade de orientá-los e ajudá-los a evitar hábitos autodestrutivos recai sobre seus professores, terapeutas e administradores escolares.

Na escola, as crianças ficam abrigadas em um espaço seguro, longe da influência de familiares tóxicos, colegas viciados em drogas, etc., e estão na companhia de professores e amigos de confiança, se tornando o melhor lugar onde um programa eficaz de prevenção de drogas pode ser lançado para prevenir a experimentação por adolescentes.

Os programas de prevenção em escolas cumprem uma série de funções importantes. Algumas são:

  • Fornecer um espaço seguro para que crianças e jovens possam falar sobre seus problemas com amigos e colegas
  • Permitir que professores e administradores escolares identifiquem crianças em risco e tomem as medidas necessárias para ajudá-las a evitar problemas relacionados às drogas

 

Características de um bom programa de prevenção de drogas na escola

O abuso de drogas em adolescentes é um problema generalizado enfrentado por nações ao redor do mundo por uma série de razões e não há um único fator que possa impedi-lo. No entanto, há certas coisas que os programas de prevenção de drogas mais eficazes têm em comum, como:

 

  • Conexão:

Um bom programa de prevenção de drogas deve fazer com que os alunos se sintam conectados com seus professores, instrutores, amigos e colegas.

Uma criança ou adolescente que acredita que seus professores e amigos se preocupam com ela, sua educação e seu bem-estar, tem menos probabilidade de recorrer às drogas e ao álcool como forma de escapar de seus problemas.

Essa conexão também incentiva as crianças a se abrirem e falarem o que pensam em sala de aula, o que permite que os professores identifiquem os alunos em risco desde o início e tomem medidas preventivas para ajudá-los a evitar o vício.

 

  • Educar sobre a saúde:

Para ter a máxima eficácia, um programa de prevenção de drogas também deve fornecer educação em saúde para que possam ajudar a promover sua própria saúde pessoal, bem como a de sua família e comunidade.

Como parte da educação de saúde, as crianças devem ser ensinadas, de maneira apropriada ao desenvolvimento, sobre o uso de certas substâncias e sobre as leis relativas ao abuso de drogas.

Parte dessa educação deve envolver o desenvolvimento de habilidades de tomada de decisão e autogestão nos alunos participantes.

 

  • Recursos de ensino:

Para transmitir a mensagem, os professores e instrutores envolvidos no programa de prevenção de drogas devem fazer uso dos recursos de ensino de classe mundial à sua disposição.

Recursos criados por organizações respeitáveis ​​e confiáveis podem fornecer resultados favoráveis ​​tanto para os instrutores quanto para os alunos.

 

Como posso aplicar isso na minha escola?

Como vimos, os programas escolares são de grande necessidade e exercem função importantíssima na prevenção da experimentação e do uso de drogas por adolescentes e crianças. Mas, com certeza, pode ser desafiador para muitas pessoas tentar inserir esses programas na escola em que estão presentes.

Se você quer saber mais sobre o assunto, você não pode perder nosso congresso em junho de 2022. O tema “A prevenção nas escolas” será abordado pelo Dr. Ernani Nagy de Moraes, professor de matemática na Escola de Aplicação desde 2000, licenciado em matemática no IME-USP e Mestre em Ensino de Matemática pela FEUSP.

Além de exercer o papel de professor de matemática, ele é membro do Programa EAPREVE, de prevenção às drogas, na Escola de Aplicação, e, com o programa, vem aplicando várias ferramentas e atividades de prevenção desde 2001.

 

O EAPREVE

No início dos anos 2000, era apenas um projeto, que nasceu a partir de formações propostas pelo GREA (Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas) do Hospital das Clínicas (HC). O GREA-HC é considerado hoje como centro de excelência para tratamento e prevenção de drogas, pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas – SENAD.

Desta forma, o projeto “GREA-EA”, assim denominado internamente, entrou na Escola de Aplicação da FEUSP em 2000 e ficou ativo até o final de 2003.

O projeto foi elaborado por médicos que também se preocupavam com a questão educativa, e o grupo contava com três psicólogas que, juntamente com alguns professores, desenvolveram o projeto na escola.

Contavam com bolsas de pesquisa, fazendo reuniões semanais para estudos sobre adolescência e drogas específicas, bem como para a preparação de atividades pedagógicas.

No início, as atividades do EAPREVE eram inseridas no horário regular das aulas, dependendo dos professores envolvidos. Atualmente, a Escola de Aplicação disponibiliza um horário na grade da escola, denominado Espaço Projeto, onde ocorrem as atividades dos programas e projeto da Escola (EAPREVE, Gênero e Sexualidade, Negritude e outros).

As atividades são organizadas e executadas levando em consideração a idade dos alunos e, durante todos esses anos, com a existência do programa na Escola de Aplicação, muitas foram as atividades trabalhadas, como: palestras, peças teatrais, atividades lúdicas, dentre outras.

O EAPREVE preza pela formação e pelo diálogo com os alunos e, por isso, é notável, em todas as atividades, o incentivo ao debate. O programa acredita que o primeiro passo é ouvir os alunos, criando um ambiente favorável ao diálogo franco, sincero e aberto.

Em nosso blog, você encontra outros dois textos, escritos pelo próprio Dr. Ernani Nagy, que falam mais sobre o programa EAPREVE e que apresentam algumas atividades feitas em sala de aula para servirem de exemplo.

 

O Congresso Freemind

O Freemind é uma mobilização que tem como principal objetivo ajudar as pessoas a ajudarem mais pessoas e, para isto, precisamos criar uma grande Força de Trabalho com Voluntários e Profissionais especializados em Prevenção, baseada em Evidências Científicas.

Em 10 anos de atividades, ajudamos mais de 10.000 pessoas a ajudarem mais de 2.000.000 de pessoas com problemas de Drogas no Brasil através de eventos, mobilizações, “Viradas da Prevenção”, entre outros. Desde 2013, temos realizado o Congresso Internacional Freemind que está, agora, chegando à sua 7ª edição e você não pode perder!

O Congresso Freemind vai ocorrer ao longo dos dias 15, 16, 17 e 18 de junho de 2022 na cidade de Campinas, no Centro de Exposições Expo Dom Pedro. Contaremos com muitos palestrantes nacionais e internacionais especializados em prevenção que irão abordar diversos temas relacionados.

Em nosso site, você já consegue garantir a sua inscrição e conferir o cronograma do Congresso. Acesse www.congressofreemind.com.br/ para conferir!

Fonte: Real Prevention

 

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Esquizofrenia e maconha – Existe relação? https://freemind.com.br/blog/esquizofrenia-e-maconha-existe-relacao/ https://freemind.com.br/blog/esquizofrenia-e-maconha-existe-relacao/#respond Thu, 14 Apr 2022 15:34:09 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3311 A esquizofrenia, uma doença mental rara, mas grave, prejudica a maneira como você pensa, toma decisões e lida com as emoções. Não há uma causa única da condição já que é uma doença complicada que envolve muitos fatores. Mas, a genética, o uso de drogas (como maconha) e os períodos pré e pós-nascimento sempre desempenham […]

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A esquizofrenia, uma doença mental rara, mas grave, prejudica a maneira como você pensa, toma decisões e lida com as emoções. Não há uma causa única da condição já que é uma doença complicada que envolve muitos fatores. Mas, a genética, o uso de drogas (como maconha) e os períodos pré e pós-nascimento sempre desempenham um papel.

Para falar sobre “O uso de cannabis e a esquizofrenia”, o 7º Congresso Internacional Freemind trará a Dra. Alessandra Diehl, Psiquiatra e atual Presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas – ABEAD.

Leia mais sobre o assunto:

 

Uma relação estabelecida

Uma análise de vários estudos descobriu que a maconha, também chamada de cannabis, é uma das substâncias mais comumente abusadas entre pessoas com esquizofrenia. Os jovens com a condição, em particular, podem abusar com mais frequência do que abusam de álcool.

Os pesquisadores ficaram intrigados com o que essa ligação significa e alguns dizem que as pessoas com esquizofrenia podem ser mais propensas a usar a droga porque estão procurando maneiras de aliviar seus sintomas. Mas, é improvável que a automedicação por si só possa explicar a relação entre o uso de maconha e a esquizofrenia.

 

A maconha e a esquizofrenia

Uma coisa que a maconha e a esquizofrenia têm em comum é a psicose que não é uma doença mental, mas um sintoma.

Quando você tem a psicose como sintoma de esquizofrenia, seus pensamentos são interrompidos de uma forma que torna difícil para você dizer o que é real e o que não é. Você pode ver ou ouvir coisas que não estão lá, ou pode ter pensamentos estranhos que não vão embora.

Estudos descobriram que, quando você está no “momento alto” da maconha, pode ter sintomas psicóticos e essa sensação desaparece à medida que o efeito da substância passa.

 

A conexão da esquizofrenia

A ligação entre maconha e psicose vai muito além de um “momento alto” de curta duração. Se você já tem esquizofrenia e usa a droga, seus sintomas podem piorar e você pode passar a ter episódios com mais frequência e passar mais tempo no hospital.

Pesquisadores descobriram que, se você carrega certos tipos de genes específicos que afetam a química do cérebro, o uso de maconha pode aumentar a chance de você ter esquizofrenia. Um desses genes é chamado de AKT1 e outro de COMT.

A cannabis também pode causar sintomas de esquizofrenia mais cedo na vida. Normalmente, os homens mostram sinais do distúrbio no final da adolescência até o início dos 20 anos, e as mulheres entre os 20 e os 30 anos. Porém, o uso de maconha pode fazer com que os sintomas apareçam até 3 anos antes.

A idade em que você começa a usar maconha também pode fazer a diferença já que o uso precoce, especialmente durante a adolescência, pode significar uma chance maior de ter esquizofrenia, provavelmente porque seu cérebro ainda está se desenvolvendo durante esse período.

Se você tem um pai, irmão ou conhecido com esquizofrenia, você já tem uma chance maior de contrair a doença e o uso de cannabis pode tornar suas chances ainda piores, levando-as de 1 em 10 para 1 em 5.

Homem fumando maconha

 

Um efeito terapêutico?

Embora se acredite que o ingrediente da maconha THC desencadeie a esquizofrenia, outro componente, o Canabidiol (CBD), parece combatê-la. Em um estudo, pessoas com esquizofrenia que foram tratadas com CBD viram seus sintomas melhorarem e tiveram menos efeitos colaterais do que aquelas que tomaram medicamentos antipsicóticos tradicionais.

É importante notar, porém, que essas pessoas foram tratadas com um produto médico em um ambiente clínico supervisionado. Isso não é a mesma coisa que fumar maconha sozinho em casa.

 

Qual é o melhor conselho?

Embora a natureza exata da relação maconha-esquizofrenia ainda seja obscura, os médicos sabem o suficiente para oferecer algumas diretrizes:

  • É aconselhável que todos, mas principalmente os adolescentes, não usem a maconha.
  • Se você tem esquizofrenia, não use maconha.
  • Se você tem um histórico familiar de esquizofrenia ou outra doença psicótica, não use maconha.
  • Se você é cuidador de alguém que tem esquizofrenia e que usa maconha, incentive-o a parar.

 

Você se interessa no assunto e quer saber mais? Apareça no Freemind!

Questões como essa serão debatidas no painel “A psiquiatria do desenvolvimento e sua contribuição para a prevenção de álcool e outras drogas”, que foi montado e será coordenada pela ABEAD – Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas, parceira da Mobilização Freemind e ISSUP Brasil.

O 7º Congresso Internacional Freemind será realizado na cidade de Campinas/SP, no Centro de Convenções do Expo Dom Pedro, de 15 a 18 de junho de 2022.

Acesse o site e conheça a programação completa e os palestrantes desta edição. Aproveite e faça já sua inscrição, lembrando que as vagas são limitadas a 2.000 pessoas e já temos mais de 1.400 inscritos.

Fonte: WebMD

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As intervenções breves para o uso de drogas https://freemind.com.br/blog/as-intervencoes-breves-para-o-uso-de-drogas/ https://freemind.com.br/blog/as-intervencoes-breves-para-o-uso-de-drogas/#comments Wed, 06 Apr 2022 15:55:44 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3292 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define intervenções breves como “práticas que visam identificar um problema real ou potencial de álcool (ou outra droga) e motivar um indivíduo a fazer algo a respeito”. Elas incluem triagem e avaliação, o que permite que o clínico forneça informações e conselhos para reduzir o consumo de álcool ou outras drogas de risco e […]

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) define intervenções breves como “práticas que visam identificar um problema real ou potencial de álcool (ou outra droga) e motivar um indivíduo a fazer algo a respeito”.

Elas incluem triagem e avaliação, o que permite que o clínico forneça informações e conselhos para reduzir o consumo de álcool ou outras drogas de risco e problemas relacionados.

Geralmente, são oferecidos a pessoas que não procuraram tratamento ou assistência, mas que foram identificadas por meio de triagem de rotina.

As intervenções breves visam informar as pessoas de que elas estão bebendo ou usando drogas em níveis que aumentam o risco de desenvolver transtornos de abuso ou dependência e incentivá-las a diminuir o consumo para reduzir o risco.

Elas geralmente não são eficazes em pessoas que desenvolveram dependência ou que estão sofrendo danos graves relacionados às drogas. Para essas pessoas, as intervenções de tratamento mais intensivo por serviços especializados em drogas e álcool são mais eficazes e recomendadas.

Mas não é necessário esperar o problema estar instalado para iniciar as intervenções. É possível fazê-las também para a prevenção ao uso de substâncias nas consultas pediátricas ou em conversas com as famílias, que são chamadas de “aconselhamento breve”.

É o que faz em seu consultório o Dr. João Paulo Becker Lotufo, pediatra que atualmente coordena o projeto antitabágico do Hospital Universitário da USP e é responsável pelo Projeto antitábagico Dr. Bartô, Doutores da Saúde, profilaxia de tabagismo, gravidez precoce e álcool em escolas de São Paulo. Ele também é responsável pela questão de drogas nas Sociedades Brasileira de Pediatria e Sociedade de Pediatria de SP.

Ele irá abordar o “Aconselhamento Breve sobre Álcool e outras Drogas” durante o 7º Congresso Internacional Freemind, de 15 a 18 de junho de 2022, no Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas/SP.

Para Dr. Lotufo, aconselhamento breve nada mais é do que “gastar” alguns minutos tratando da questão do álcool e das drogas, bem como da prevenção para não usuários. Durante as consultas habituais, ou durante as refeições de família, pode-se seguir uma orientação padrão com perguntas para abordar os pacientes ou familiares sobre a questão de álcool e drogas.

O diagnóstico das possíveis drogas lícitas ou ilícitas presentes nas casas das famílias é fundamental para o preparo do plano de atendimento sobre estas questões em todas as situações.

Inicialmente é feita uma pesquisa para saber se há pais fumantes, alcoólatras, usuários de maconha ou crack nas famílias. A partir daí, conversa-se, gastando, no bom sentido, minutos suficientes para informar e aprimorar a discussão sobre as drogas em casa, reverberando a mensagem do aconselhamento.

A presença desta discussão aliada às trocas de ideias com a família, segundo Dr. Lotufo, foi o único fator positivo na diminuição da experimentação de drogas pelos jovens, superando a presença de espiritualidade, esportes, atividades culturais ou sociais numa pesquisa que ele realizou em 10 escolas da região do Butantã em São Paulo.

Ainda segundo Lotufo, a intervenção breve é uma conversa mais dirigida para os usuários de álcool e/ou drogas. Esta é um pouco mais elaborada e leva um pouco mais de tempo e dedicação.

Saiba mais sobre as intervenções breves.

 

Como e quando são realizadas as intervenções breves?

Médico que faz intervenções breves

Embora as intervenções breves tenham se concentrado amplamente em ambientes de atenção primária, qualquer profissional de saúde com treinamento adequado pode realizá-las.

O uso de computadores para fornecer ferramentas de triagem também foi apontado como mais viável do que questionários em papel e caneta. A internet e os dispositivos móveis oferecem novas possibilidades de intervenções autônomas ou facilitadas e também trariam benefícios como maior validade e anonimato.

O momento em que se deve realizar as intervenções breves também é uma área de muita confusão. Elas podem ser prontamente executadas nos seguintes cenários:

  • Com todos os novos pacientes
  • Durante avaliações de saúde
  • Durante avaliações de doenças crônicas, por exemplo, hipertensão, diabetes, doença do refluxo gastroesofágico, testes de função hepática anormais.

 

Intervenções breves funcionam?

Muitos ensaios e meta-análises indicam que intervenções breves são eficazes como estratégias de prevenção secundária, principalmente quando direcionadas ao consumo de álcool.

Uma meta-análise de 1997, descobriu que os bebedores pesados ​​eram duas vezes mais propensos a reduzir seu consumo 6 a 12 meses após uma breve intervenção do que aqueles que não receberam nenhuma.

Da mesma forma, um estudo da OMS realizado em oito países com mais de 1.600 participantes, descobriu que intervenções breves reduziram o consumo diário de álcool em 17% e a intensidade do consumo em 10%.

 

Recursos práticos para apoiar intervenções breves

Uma barreira crítica para a implementação de intervenções breves é a falha na triagem e detecção de indivíduos em risco de desenvolver problemas com álcool e outras drogas.

Na prática geral, isso tem sido associado ao acesso limitado a recursos, falta de tempo, cargas de trabalho pesadas, falta de confiança e preocupações em levantar questões delicadas ou privadas.

Existem várias estruturas agora em vigor para orientar os médicos sobre a triagem ou avaliação apropriada e vamos te apresentar duas que podem te ajudar. A primeira (tabela 1) é resumida como ‘FLAGS’ – Feedback, Listen, Advice, Goals, Strategies (Tabela 1) e a segunda é conhecida como Escala de Gravidade da Dependência (Tabela 2).

 

Tabela 1 – FLAGS para problemas com álcool

FLAGS é um acrônimo útil que te ajuda a identificar os ingredientes para a realização de intervenções breves.

 

Feedback (Comentar)

  • Fornecer feedback individualizado sobre os riscos associados ao consumo continuado, com base nos padrões atuais de consumo, indicadores de problemas e estado de saúde.
  • Discuta os potenciais problemas de saúde que podem surgir do uso de álcool de risco.
 

Listen
(Ouvir)

  • Ouça a resposta do paciente.
  • Isso deve desencadear uma discussão sobre o consumo do paciente e como ele se relaciona com o consumo da população em geral e quaisquer falsas crenças mantidas pelo paciente.
 

Advice
(Aconselhar)

  • Dê conselhos claros sobre a importância de mudar os padrões de consumo atuais e um nível recomendado de consumo.
  • Uma intervenção breve típica de 5 a 10 minutos deve envolver conselhos sobre como reduzir o consumo de maneira persuasiva, mas sem julgamento.

·         O aconselhamento pode ser apoiado por materiais de auto-ajuda que fornecem informações sobre os danos potenciais do consumo de álcool de risco e podem fornecer motivação adicional para a mudança.

 

Goals
(Metas)

  • Discutir os limites de consumo seguro e ajudar o paciente a estabelecer metas específicas para mudar os padrões de consumo.
  • Instilar o otimismo no paciente de que seus objetivos escolhidos podem ser alcançados.
  • É nesta etapa, em particular, que as técnicas de aumento da motivação são usadas para incentivar os pacientes a desenvolver, implementar e comprometer-se com planos para parar de beber.
 

Strategies
(Estratégias)

  • Peça ao paciente para sugerir algumas estratégias para alcançar esses objetivos.
  • Essa abordagem enfatiza a escolha do indivíduo de reduzir os padrões de consumo e permite que ele escolha a abordagem mais adequada à sua própria situação.
  •  O indivíduo pode considerar estabelecer um limite específico para o consumo de álcool, aprender a reconhecer os antecedentes do beber e desenvolver habilidades para evitar beber em situações de alto risco, acompanhar o ritmo de beber e aprender a lidar com os problemas cotidianos que levam ao consumo.

Fonte: Australian Government – Department of Health

 

Tabela 2 – Escala de Gravidade da Dependência

Existem também ferramentas mais sutis para orientar o processo de avaliação, como a Escala de Gravidade da Dependência, que foi concebida para fornecer uma escala curta e de fácil administração para medir o grau de dependência de diferentes tipos de drogas.

A pontuação está relacionada a padrões comportamentais de consumo de drogas que são, por si só, indicadores de dependência, como dose, frequência de uso, duração do uso, uso diário e grau de contato com outros usuários de drogas.

Também mostra validade na medida em que os usuários de drogas que procuraram tratamento em serviços especializados e não especializados para problemas com drogas têm pontuações mais altas na escala do que as amostras sem tratamento.

A escala contém cinco itens, todos explicitamente preocupados com componentes psicológicos da dependência, incluindo controle prejudicado sobre o consumo de drogas e preocupação e ansiedade sobre o uso de drogas. Estes incluem:

No mês passado…

Pontuação

1. Você já pensou que seu uso de [droga nomeada] estava fora de controle?

Nunca
Às vezes
Frequentemente
Sempre

 

 

 

0

1

2

3

2. O pensamento de não poder obter nenhuma [droga nomeada] realmente o estressou?

Nunca
Às vezes
Frequentemente
Sempre

 

 

0

1

2

3

 

3. Você se preocupou com o uso de [droga nomeada]?

Nunca
Às vezes
Frequentemente
Sempre

 

 

0

1

2

3

4. Você já desejou poder parar?

Nunca
Às vezes
Frequentemente
Sempre

 

 

0

1

2

3

5. Quão difícil você acharia parar ou ficar sem?

Nada difícil
Bastante difícil
Muito difícil
Impossível

 

 

0

1

2

3

A pontuação maior ou igual à 4 é positiva para dependência de substâncias
Fonte: Adaptado de 
Wiley Online Library

 

Conclusão

Embora evidências recentes sugiram que podem haver motivos para questionar se as intervenções breves funcionam na prática clínica de rotina, em alguns indivíduos elas certamente farão a diferença.

Uma abordagem pragmática seria garantir que todos os pacientes sejam questionados sobre o uso de drogas e álcool em primeira instância. Isso permite avaliações adicionais para determinar os danos atuais.

Aconselhamento pode ser dado se seu uso for prejudicial e metas de mudança podem ser estabelecidas. Isso deve ser repetido sempre que possível.

No mínimo, pode ajudar a iniciar uma conversa com alguém que pode refletir sobre seu comportamento e considerar fazer algumas mudanças positivas em sua vida.

 

Quer saber mais?

Gostou do tema e quer saber mais sobre o assunto? Este e outros temas ligados à prevenção, tratamento e ressocialização serão abordados por profissionais da área e especialistas em desordens provocadas pelo uso de substâncias durante o congresso de 2022. Não perca.

Além disso, na semana do 7º Congresso Internacional Freemind teremos o Workshop Internacional de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas – Modo básico e avançado acontecendo no Expo Dom Pedro.

É a sua oportunidade de aprender mais sobre o assunto, receber sua certificação internacional e ainda participar de todas as atividades do Congresso Freemind sem perder nada.

Faça hoje mesmo sua inscrição, garantindo sua participação no 7º Congresso Freemind 2022. Aproveite e informe-se sobre como fazer sua inscrição também para as capacitações paralelas como o Workshop Internacional de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas e o Curso de Prevenção na Mídia.

Fonte: NPS MedicineWise

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O uso de substâncias durante a gravidez https://freemind.com.br/blog/o-uso-de-substancias-durante-a-gravidez/ https://freemind.com.br/blog/o-uso-de-substancias-durante-a-gravidez/#respond Wed, 30 Mar 2022 13:10:46 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3283 O tabaco, o álcool e as drogas podem ter efeitos nocivos na saúde de qualquer pessoa e quando uma mulher que está passando pela gravidez usa essas substâncias, seu bebê também fica exposto a elas, pois todas as substâncias atravessam a placenta pelo cordão umbilical e entram na corrente sanguínea do bebê. Durante a gravidez, […]

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O tabaco, o álcool e as drogas podem ter efeitos nocivos na saúde de qualquer pessoa e quando uma mulher que está passando pela gravidez usa essas substâncias, seu bebê também fica exposto a elas, pois todas as substâncias atravessam a placenta pelo cordão umbilical e entram na corrente sanguínea do bebê.

Durante a gravidez, o melhor é comer bem, manter-se saudável e evitar ingerir qualquer coisa que possa ser prejudicial à saúde da mãe ou do bebê. Um profissional de saúde pode fornecer mais informações sobre esses problemas.

Proteger nossas crianças das desordens provocadas pelo uso de substâncias é garantir um futuro para cada uma delas. E essa proteção precisa começar antes mesmo do início da gestação: é preciso que todos, sobretudo as mulheres em idade fértil, saibam os riscos que seus filhos correrão caso elas sejam usuárias de substâncias.

Hoje, viemos trazer exemplos dos efeitos que os diferentes tipos de drogas e substâncias podem causar tanto à mãe, quanto ao feto.

E se você quer saber mais sobre esse assunto, a Dra. Renata Azevedo, irá abordar o assunto da Prevenção do uso de substâncias na gestação, durante o 7º Congresso Internacional Freemind, que irá ocorrer na cidade de Campinas/SP, de 15 a 18 de junho de 2022.

Dra. Renata Azevedo é Psiquiatra, Vice-presidente da ABEAD – Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras drogas, Professora associada em dedicação exclusiva e atual chefe do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

 

As drogas de “rua”

Uma gestante que usa drogas como cocaína, crack, heroína e metadona pode ter um bebê nascido viciado nas substâncias que tomou durante a gravidez.

A cocaína, em especial, é uma das drogas mais nocivas para os fetos e pode causar aborto, parto prematuro, sangramento, morte fetal e derrames fetais, o que pode levar a danos cerebrais e morte.

Após o nascimento, um bebê que foi exposto à cocaína no pré-natal passa por abstinência, cujos sinais incluem nervosismo e irritabilidade e esses bebês são difíceis de confortar e muitas vezes são incapazes de responder às suas mães.

O uso de cocaína durante a gravidez também pode estar associado a um risco aumentado de síndrome da morte súbita infantil, ou SMSI.

 

A maconha

A maconha pode afetar o desenvolvimento fetal e infantil e pode causar aborto espontâneo.

Embora os efeitos da maconha em um feto ainda sejam desconhecidos, estudos indicaram que o uso pré-natal de maconha está ligado a partos prematuros, tamanho de nascimento pequeno, trabalho de parto difícil ou longo e aumento no nervosismo do recém-nascido.

A maconha fumada por uma mulher grávida permanece nas células de gordura do bebê por sete a 30 dias. Fumar maconha pode afetar a quantidade de oxigênio e nutrientes que o bebê recebe, o que pode afetar o crescimento.

A maconha nunca é segura durante a gravidez e pode prejudicar o bebê em qualquer estágio. Além disso, a maconha pode ter efeitos a longo prazo em bebês e crianças, como dificuldade para prestar atenção ou aprender a ler.

 

O álcool

O consumo de álcool pode aumentar o risco de aborto espontâneo, natimorto, morte do recém-nascido e síndrome alcoólica fetal (SAF). Bebês com SAF têm baixo peso ao nascer, defeitos cardíacos, faciais, problemas de aprendizagem e retardo mental.

Como não se sabe se há um nível seguro de álcool durante a gravidez, o melhor conselho é não beber nada. Mesmo uma bebida por dia mostrou ter efeitos sobre o feto em crescimento. O melhor momento para parar de beber álcool é antes de conceber.

Se sua gravidez não for planejada, você deve parar de beber assim que suspeitar que está grávida.

Mulher bebendo álcool durante a gravidez

 

O tabaco

As mulheres que fumam durante a gravidez são mais propensas a ter bebês muito pequenos e passar por aborto espontâneo, parto prematuro, natimorto e morte do recém-nascido. Bebês nascidos com peso inferior a 5 quilos podem ter mais problemas de saúde no início da vida e problemas de aprendizagem mais tarde na escola.

Se você fuma, pare agora. Peça ao seu médico informações sobre aulas ou grupos de apoio para mulheres grávidas que desejam parar de fumar.

 

Os medicamentos prescritos

Alguns medicamentos prescritos podem ser prejudiciais ao feto ou ao bebê em amamentação. Se você estiver tomando algum medicamento prescrito, informe seu médico o mais rápido possível para que seus medicamentos possam ser alterados ou ajustados conforme necessário.

 

Os medicamentos e vitaminas de venda livre

Evite medicamentos de venda livre, como antiácidos, laxantes, pílulas para dormir, medicamentos para resfriado e analgésicos. Enquanto alguns são seguros para mulheres grávidas, muitos não são.

Se você sentir que precisa de algum desses medicamentos, primeiro verifique com seu médico. Isso também se aplica a grandes doses de preparações vitamínicas de venda livre, pois tomar grandes doses de vitaminas extras pode ser prejudicial para você e seu bebê.

 

A cafeína

A cafeína está presente no café, chá, refrigerantes à base de cola e alguns medicamentos. Por pelo menos 10 anos, tem havido controvérsia sobre se a cafeína é prejudicial durante a gravidez.

Alguns estudos sugerem que a cafeína é prejudicial, apontando para um risco aumentado de aborto espontâneo, parto prematuro ou menor peso ao nascer e outros estudos mostraram que as mulheres que consomem uma quantidade moderada de cafeína não experimentam esses problemas.

Como os resultados são conflitantes, ninguém conhece o verdadeiro risco. Recomendamos beber o mínimo de cafeína possível.

Pergunte ao seu médico para obter mais informações sobre substâncias e seus efeitos na gravidez e lembre-se: seu bebê precisa de uma mãe saudável!

 

Ficou interessado no assunto? Apareça no Congresso Freemind!

Esse tema lhe interessou? Então precisa correr e fazer a sua inscrição para o 7º Congresso Internacional Freemind 2022. As vagas são limitadas e já temos mais de 1.200 pessoas inscritas.

Palestrantes de renome nacional e internacional estarão reunidos debatendo assuntos relacionados à prevenção das desordens provocadas pelo uso de substâncias neste que é o maior evento de drogadição da América Latina.

✅ Teremos participantes e palestrantes do mundo todo, com tradução simultânea para as línguas: Inglês, Espanhol e Português.

✅ Teremos capacitações paralelas, algumas com entrada livre e outras com inscrição separada. Pergunte aos nossos organizadores como fazer para ter acesso aos cursos paralelos.

✅ Todos os participantes receberão Certificação Nacional e Internacional.

Garanta já a sua inscrição com desconto: https://www.congressofreemind.com.br/

Fonte: UCSF Health

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Drogas e alunos – 7 coisas que professores devem saber https://freemind.com.br/blog/drogas-e-alunos-7-coisas-que-professores-devem-saber/ https://freemind.com.br/blog/drogas-e-alunos-7-coisas-que-professores-devem-saber/#respond Fri, 25 Mar 2022 14:36:48 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3279 A prevenção às desordens provocadas pelo uso de substâncias e pelos vícios de comportamento sempre foram a maior preocupação da Mobilização Freemind. Proteger nossos jovens das drogas é o nosso maior compromisso com o futuro. Por isso, nos últimos anos temos focado muito em capacitar as pessoas para cumprir nossa missão de “ajudar as pessoas […]

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A prevenção às desordens provocadas pelo uso de substâncias e pelos vícios de comportamento sempre foram a maior preocupação da Mobilização Freemind. Proteger nossos jovens das drogas é o nosso maior compromisso com o futuro.

Por isso, nos últimos anos temos focado muito em capacitar as pessoas para cumprir nossa missão de “ajudar as pessoas a ajudarem mais pessoas”. E no 7º Congresso Internacional Freemind, que vai acontecer de 15 a 18 de junho de 2022, no Centro de Convenções Expo Dom Pedro, em Campinas/SP, essa preocupação se mostra no conteúdo relevante escolhido para as palestras e painéis temáticos e nos cursos de Capacitação para prevenção nas Escolas e na Mídia.

Acesse nosso site e fique por dentro de nossa programação completa.

Enquanto aguardamos a data para nosso encontro no Congresso Freemind, um dos maiores eventos sobre drogadição do mundo, trouxemos um conteúdo que será discutido no Congresso para você que é professor e peça-chave da prevenção.

Esperamos que aprecie.

Professores do ensino médio levantem as mãos se vocês conversam regularmente com seus alunos sobre os riscos do uso de drogas e álcool. Se você levantou sua mão, você pode se surpreender ao saber que você é a exceção!

Para ser justo, pode ser um desafio descobrir como falar com adolescentes sobre drogas e álcool de uma maneira que não os faça revirar os olhos ou se desconectar. E como professores, é difícil saber quando cabe a nós intervir.

A maior parte do uso de drogas e álcool acontece fora do campus, naquela zona cinzenta entre a responsabilidade dos pais e da escola. Muitas vezes, assumimos que os pais estão falando sobre drogas em casa e, igualmente, os pais muitas vezes assumem que a escola tem o assunto abordado.

Como educadores, podemos desempenhar um papel fundamental para ajudar as crianças a permanecerem livres de drogas e álcool.

Pesquisas nos dizem para abordar esse assunto com nossos alunos desde cedo e com frequência, e que algumas abordagens são muito mais eficazes do que outras. Muitas escolas só falam sobre o uso de drogas e álcool DEPOIS que algo trágico acontece – após um acidente de carro ou uma vida perdida. Prevenção é tudo.

Aqui estão as 7 coisas principais que você, professor, precisa saber sobre os adolescentes e o uso de drogas:

 

  1. Concentre-se na saúde e na ciência do cérebro, não na moralidade

No passado, os programas de educação geralmente se concentravam nas consequências legais ou morais do uso de drogas e álcool. “Você vai arruinar sua vida”, eles diziam, “e acabar na cadeia”.

Argumentos que os alunos percebem como hiperbólicos ou excessivamente moralistas são mais propensos a serem ignorados. Em vez disso, ensine com a ciência. Conversar com os adolescentes sobre o impacto duradouro que as drogas e o álcool podem ter no corpo pode ser o caminho mais eficaz para a prevenção.

Robert Vincent, analista de saúde pública do SAMHSA, recomenda falar explicitamente sobre a conexão entre drogas, álcool e aprendizado.

 

  1. Nunca é cedo demais para falar em prevenção

Aos nove anos, as crianças já estão construindo associações positivas com drogas e álcool, e algumas já estão até começando a experimentar, diz Vincent da SAMHSA. As escolas precisam iniciar conversas com os alunos na quarta ou quinta série e continuar essas conversas durante o restante de sua jornada educacional. E isso não significa apenas uma assembleia anual. Uma abordagem “única e pronto” simplesmente não funciona quando se trata de drogas e álcool.

Uma pesquisa do The National Center on Addiction and Substance Abuse de 2011 mostrou que conversas regulares sobre os perigos das drogas e do álcool podem reduzir a probabilidade de uso de adolescentes em até 42%.

Dica:  Faça um plano para toda a escola para conversas sobre drogas e álcool. Procure abordá-lo várias vezes ao ano de maneiras diferentes – por exemplo, em sala de aula, aula de ciências ou saúde, durante noites em família ou com um palestrante externo.

 

  1. Tenha em mente de que o cenário atual das drogas não é o mesmo de quando você era adolescente

As drogas de hoje são mais fortes, diferentes e mais facilmente acessíveis do que nunca. A maconha fumada hoje, por exemplo, é até três vezes mais potente que a maconha de 30 anos atrás. Pode ser prejudicial para a função cognitiva a longo prazo e também pode ser viciante.

Outra nova preocupação são os cigarros eletrônicos. Embora provavelmente menos prejudiciais do que os cigarros de tabaco, os cigarros eletrônicos ainda representam um risco à saúde.

A maioria dos estudantes que usa o vape, adiciona aromatizantes aos seus cigarros eletrônicos que podem levar os usuários a perceber os cigarros eletrônicos como muito mais benignos do que realmente são.

Dica:  Quando você conversar com seus alunos, não faça suposições com base em sua própria experiência adolescente. Como as drogas disponíveis hoje são mais perigosas, mesmo os usuários casuais estão em risco.

Adolescente que faz uso de drogas

 

  1. O vício é um transtorno do cérebro e os adolescentes estão em risco também

Até os 25 anos, o cérebro está essencialmente “em construção”. O sistema límbico, que controla as respostas e impulsos emocionais, desenvolve-se a um ritmo mais rápido do que o córtex pré-frontal, responsável pelo pensamento crítico e pela tomada de decisões.

Para os adolescentes, isso significa que seus cérebros geralmente dependem mais de impulsos e emoções do que de tomadas de decisões racionais, especialmente sob estresse ou outras influências.

Os cérebros dos adolescentes em desenvolvimento os encorajam a se envolver em riscos e novas experiências, experimentar novas identidades e exercer sua independência. Isso ocorre no exato momento em que seus pares têm um papel pronunciado em suas vidas, muitas vezes mais do que o que envolve seus pais. Isso pode levar a más escolhas.

Além disso, drogas e álcool podem mudar a maneira como o cérebro funciona. Quando um indivíduo usa uma substância viciante, o sistema libera a dopamina química do bem-estar e, após o uso repetido, o cérebro começa a se ajustar aos picos de dopamina e o usuário aumenta a tolerância. O resultado final é que a capacidade de sentir prazer natural é reduzida.

 

  1. O abuso de drogas e álcool não discrimina

O abuso de drogas e álcool não pode ser previsto por antecedentes, nível de realização, renda familiar, classe ou raça. Às vezes, como professores, sentimos falta de problemas com drogas ou álcool em nossos alunos porque fazemos suposições, pensando “Meu aluno da lista de honra não poderia…” ou “A família desse aluno nunca deixaria isso acontecer”. Não é tão simples assim.

“Algumas de nossas ‘melhores’ crianças às vezes são muito afetadas… elas são altamente funcionais, têm mais recursos, pais e lares que dão apoio, e mesmo assim ainda usam drogas e álcool”, diz Vincent. “Muitas vezes, quanto mais rico, mais problemático.”

Dica: Não descarte sinais preocupantes porque você sente que “aquele aluno não pode estar usando drogas” ou “não AQUELE aluno”. Fique de olho em qualquer um dos sintomas em qualquer aluno.

 

  1. Mesmo que você ache que conhece todos os sinais, provavelmente não conhece

Embora diferentes substâncias possam causar uma série de sintomas díspares, existem alguns sinais-chave de abuso de drogas e álcool que os especialistas dizem que devemos observar na sala de aula:

  • Motivação diminuída
  • Mudanças repentinas de humor
  • Sonolência na aula ou parecer desconectado
  • Sinais físicos, como olhos vermelhos, perda ou ganho de peso inexplicável, deterioração da aparência física
  • Mudança nos grupos de amigos
  • Paranoia ou depressão
  • Exibição atípica de dinheiro ou bens (ou o contrário – estudantes que procuram vender pertences, por exemplo)
  • Absenteísmo crônico
  • Queda abrupta no desempenho acadêmico

Dica:  Se você suspeitar de alguma coisa, diga algo. Pergunte aos seus alunos o que está acontecendo. Converse com o conselheiro da escola e, se você realmente suspeitar de um problema, informe à família do aluno sobre o comportamento que você está vendo, sem especulação ou acusação.

 

  1. VOCÊ pode fazer a diferença para seus alunos.

“Seja um bom observador e não tenha medo de compartilhar sua preocupação”, diz Neil Bernstein, psicólogo clínico em Bethesda, Maryland, e autor de “How to Keep Your Teenager Out of Trouble and What to Do if You Can’t”. Seu papel como educador é informar, ouvir quando necessário e ser um bom modelo.

Ao mesmo tempo, para dizer “não” às drogas, os adolescentes precisam de coisas para dizer “sim” como alternativa. A discussão ativa sobre escolhas saudáveis ​​e atividades positivas após a escola são fundamentais. “Trata-se de envolver os adolescentes em coisas que são importantes para eles e permitir que sejam legais sem recorrer às drogas”, diz Davis.

A ideia é criar uma cultura positiva que permita que os adolescentes assumam riscos e experimentem novas identidades dentro de um espaço seguro. Novamente, no entanto, não podemos usar uma abordagem “única e pronto”.

Os adolescentes enfrentam uma enxurrada de influências todos os dias, e os esforços de prevenção e educação precisam ser contínuos e enraizados na cultura escolar. É somente por meio dessa abordagem sistemática e contínua que podemos ajudar nossos alunos a se manterem livres de drogas e álcool.

Dica: Converse com colegas professores, conselheiros e administradores da sua escola. Como sua escola pode adotar uma estratégia de prevenção que atinja todos os alunos, durante todo o ano letivo? Onde e quando puder, procure oportunidades para estimular a tomada de decisões positivas e escolhas saudáveis, seja na sala de aula, no campus ou por meio de atividades extracurriculares.

 

Quer saber mais sobre prevenção nas escolas?

Ficou interessado e quer saber mais? Este tema será abordado por profissionais da área da educação e especialistas em prevenção às desordens provocadas pelo uso de substâncias durante o congresso de 2022. Não perca.

Além disso, na semana do 7º Congresso Internacional Freemind teremos o Workshop Internacional de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas – Modo básico e avançado acontecendo no Expo Dom Pedro.

É a sua oportunidade de aprender mais sobre o assunto, receber sua certificação internacional e ainda participar de todas as atividades do Congresso Freemind sem perder nada.

Faça hoje mesmo sua inscrição, garantindo sua participação no 7º Congresso Freemind 2022. Aproveite e informe-se sobre como fazer sua inscrição também para as capacitações paralelas como o Workshop Internacional de Prevenção ao Uso de Drogas nas Escolas e o Curso de Prevenção na Mídia.

Fonte: We Are Teachers

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O crescimento após um trauma e a recuperação https://freemind.com.br/blog/o-crescimento-apos-um-trauma-e-a-recuperacao/ https://freemind.com.br/blog/o-crescimento-apos-um-trauma-e-a-recuperacao/#respond Fri, 18 Mar 2022 15:15:13 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3268 Nem sempre podemos controlar o que nos acontece – e às vezes somos apanhados em situações chamadas de trauma, que são infelizes, devastadoras e que nos deixam marcas – físicas, mentais ou ambas. Em alguns casos, esses incidentes traumáticos ocorrem durante a infância – quando nos sentimos desamparados e vulneráveis. Em outros, somos adultos – mas […]

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Nem sempre podemos controlar o que nos acontece – e às vezes somos apanhados em situações chamadas de trauma, que são infelizes, devastadoras e que nos deixam marcas – físicas, mentais ou ambas.

Em alguns casos, esses incidentes traumáticos ocorrem durante a infância – quando nos sentimos desamparados e vulneráveis. Em outros, somos adultos – mas ainda sentimos a dor de não poder mudar o que aconteceu.

Eventos traumáticos acontecem com muitos de nós: guerras, assaltos, acidentes, desastres naturais e muito mais podem nos fazer sentir como se nunca mais nos curaríamos.

Como esses eventos traumáticos interferem na vida das pessoas? Isto pode ser fator de risco para dependências e vícios em substâncias ou de comportamentos? Como prevenir que isto aconteça após fatos traumáticos?

Este é um dos temas do 7º Congresso Internacional Freemind, que acontecerá de 15 a 18 de junho de 2022, na cidade de Campinas, no Centro de Convenções Expo Dom Pedro.

Dra. Marina Lemos Silveira Freitas é a nossa convidada que irá abordar o tema “Crescimento pós-traumático: caminho possível de prevenção”. Dra. Marina é médica pela Universidade de São Paulo e especialista em Análise Existencial e Logoterapia de Viktor Emil Frankl, fundadora e diretora do Colégio Viktor Frankl e vice-presidente do Instituto de Educação e Cultura Viktor Frankl, em Ribeirão Preto/SP.

O 7º Congresso Internacional Freemind já tem mais de 12 palestrantes internacionais e 30 palestrantes nacionais que irão abordar os mais variados assuntos sobre prevenção às desordens provocadas pelo uso de substâncias e desordens comportamentais, tratamento e reinserção social.

Faça já sua inscrição e garanta sua participação. Além das palestras e painéis temáticos, haverão outros cursos de capacitação disponíveis com certificação internacional. Informe-se sobre custos e como se inscrever nas capacitações paralelas pelo telefone: (19) 99793-0240.

Saiba um pouco mais sobre o assunto que a Dra. Marina irá abordar:

 

Trauma e dependências

Em muitos casos, o trauma pode deixar tantas feridas emocionais que uma pessoa desenvolve transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que pode ser incrivelmente angustiante para suportar uma variedade de sintomas como: flashbacks, pesadelos, ataques de pânico, ansiedade, irritabilidade e outros.

Em 2019, um indivíduo compartilhou sua história de viver com o Transtorno de Estresse Pós-Traumático através da Anxiety and Depression Association of America (ADAA); ele explicou que depois do incidente traumático que vivenciou, ele nunca mais foi o mesmo.

Seu TEPT fez com que ele sentisse pânico ao sair do apartamento – e toda vez que fechava os olhos, imaginava o evento traumático ao qual sobrevivera.

Muitas pessoas que lutaram contra o vício também sobreviveram a pelo menos um evento traumático. Na verdade, as consequências do trauma podem fazer com que alguns indivíduos abusem de substâncias como drogas ou álcool apenas para mascarar parte do sofrimento que estão sentindo.

Um estudo de 2017 publicado no Canadian Journal of Addiction avaliou 132 indivíduos que procuravam tratamento para abuso de substâncias e descobriu ligações entre a gravidade do vício, a gravidade do trauma de vida e o número de experiências de vida estressantes.

Isso significa que o trauma tem um efeito significativo sobre nós, e quanto maior a gravidade disso – juntamente com eventos estressantes da vida, como a perda de um ente querido ou um divórcio – maior a probabilidade de lutarmos contra o vício.

Embora possa parecer que as coisas nunca vão melhorar, elas vão. As pesquisas estão mostrando que, embora haja muitas pessoas lutando para superar os efeitos do trauma todos os dias, também existem muitas que estão conseguindo – e estão se tornando mais fortes por causa disso.

 

Crescimento Pós-Traumático

Senhor que passou por trauma tem vício em remédios

O grupo UNC Charlotte Post-Traumatic Growth Research define o termo como: “Uma experiência de mudança positiva como resultado de uma luta com uma grande crise de vida ou um evento traumático.”

Science of People, um site que fornece informações sobre como os humanos se comportam, compartilhou algumas notícias esclarecedoras relacionadas ao trauma:

  • Muitos sobreviventes de traumas relataram ter se aproximado de seus amigos e familiares, o que fortaleceu seus relacionamentos.
  • Embora o trauma certamente possa fazer uma pessoa se sentir vítima, há muitas pessoas que encontraram mais sabedoria, força pessoal e gratidão geral pelas pessoas, lugares e momentos em suas vidas que lhes trouxeram alegria.
  • O trauma pode mudar radicalmente a vida de uma pessoa – e muitos acham que, por causa dessa mudança, são forçados a reavaliar o que querem da vida. Quando isso acontece, a vida de uma pessoa pode se tornar ainda mais gratificante do que era antes.

 

Aplicando isso à sua própria vida

Nem todos na recuperação de vícios que sofreram um trauma atingem um crescimento pós-traumático, e isso se deve a vários fatores:

  • Quão dedicada uma pessoa é ao seu programa de tratamento
  • Quão duro eles trabalham em seu crescimento mental, físico e espiritual
  • O trabalho que eles completam na terapia
  • Sua participação em atividades relacionadas à recuperação, como programas de 12 passos (como Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos)
  • O nível de esperança que eles têm para o futuro
  • Se eles se apegam ou não a crenças negativas ou se escolhem formar crenças que são mais benéficas para sua felicidade e saúde

Todo mundo tem a oportunidade de alcançar um crescimento pós-traumático, mas é tudo uma questão de como você busca a recuperação. Zig Zigla, um autor americano, certa vez declarou: “As pessoas costumam dizer que a motivação não dura. Nem o banho. Por isso recomendamos diariamente.”

Não desista da sua recuperação. Continue trabalhando com aqueles que amam e apoiam você. Se você está pronto para dar o salto em direção à cura e restauração, fale com um profissional o quanto antes.

 

Quer saber mais sobre o assunto?

Você gostou do assunto e gostaria de saber mais? Apareça no Congresso Freemind! Conheça a programação completa do 7º Congresso Internacional Freemind e seus palestrantes em www.congressofreemind.com.br

Fonte: Burning Tree Ranch – Authentic Long Term Treatment

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O vício em videogames é real? https://freemind.com.br/blog/o-vicio-em-videogames-e-real/ https://freemind.com.br/blog/o-vicio-em-videogames-e-real/#respond Wed, 16 Mar 2022 13:18:57 +0000 https://freemind.com.br/blog/?p=3262 É ótimo fazer coisas que você gosta. Mas você pode ir longe demais com um hobby? À que ponto isso se torna um vício? Essa é a pergunta que os especialistas estão tentando responder sobre jogar videogames. Embora os jogos já existam há quase 50 anos, os estudos sobre seus malefícios ainda estão nos estágios iniciais. Diferentes grupos chegaram a […]

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É ótimo fazer coisas que você gosta. Mas você pode ir longe demais com um hobby? À que ponto isso se torna um vício? Essa é a pergunta que os especialistas estão tentando responder sobre jogar videogames.

Embora os jogos já existam há quase 50 anos, os estudos sobre seus malefícios ainda estão nos estágios iniciais. Diferentes grupos chegaram a diferentes conclusões sobre se o jogo problemático deve ser chamado de vício.

A Organização Mundial da Saúde adicionou “distúrbio de jogo” à versão de 2018 de seu livro de referência médica, Classificação Internacional de Doenças – CID. Mas o manual da Associação Americana de Psiquiatria, o DSM-5, não. (Até agora, o jogo é a única “atividade” listada como um possível vício).

No cenário de pandemia da COVID-19 que estamos vivendo nos últimos dois anos, a necessidade de isolamento social foi essencial para o cuidado com nossa saúde, mas sobrecarregou nossa vida com um sem número de incertezas e limitações.

Todos nós fomos prejudicados em algum aspecto que seja durante o isolamento social: a dificuldade de se adaptar às aulas online porque as escolas fecharam as portas físicas; a impossibilidade de encontrar os amigos porque precisamos ficar em casa; a insegurança financeira, pois o salário foi reduzido, uma vez que a produção também foi; além do medo iminente da morte.

Diante disso tudo, ferramentas de tecnologia passaram a ser extensivamente usadas e, de certa forma, ajudaram a aliviar boa parte das incertezas da pandemia e a conduzir o dia a dia, ampliando as possibilidades de diálogo, distrações, além de facilitar aprendizados e conexões nesse contexto de isolamento social.

Aqui entraram também os videogames proporcionando uma forma interativa de passar o tempo, aproximando quem estava dentro de casa ou quem não era parte do convívio diário. Os jogos online nos deram a possibilidade de passar um tempo com amigos que não pudemos encontrar durante o isolamento e até mesmo de fazer novas amizades. E isto foi muito bom!

Em contrapartida, os videogames e jogos online trouxeram muita preocupação em relação ao uso excessivo tanto por adultos quanto por crianças e adolescentes e por seus efeitos negativos nos comportamentos e desenvolvimento.

É importante ressaltar que qualquer recurso usado em demasia pode fazer mal e também que muito dos excessos pode ser atribuído à falta de estímulos e limites.

Você se identifica com alguma das situações colocadas aqui? Este é um assunto que será discutido durante o 7º Congresso Internacional Freemind, que acontecerá de 15 a 18 de junho de 2022, no Expo Dom Pedro, na cidade de Campinas/SP.

O Dr. Daniel Spritzer participará do painel sobre Dependência Digital e abordará a questão “O videogame na pandemia: vilão ou salvador?”. Dr. Daniel é médico psiquiatra, especialista em psiquiatria da infância e adolescência, mestre e doutorando em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordenador do Grupo de Estudos sobre Adições Tecnológicas (GEAT) e Professor do Programa de Residência em Psiquiatria do Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP).

Faça já sua inscrição e garanta sua participação. Especialistas de renome nacional e internacional debaterão assuntos de relevância e baseados em evidências científicas acerca da prevenção das desordens provocadas pelo uso abusivo de substâncias, além do tratamento e reinserção social.

Enquanto espera o Congresso chegar, aproveite esse conteúdo que criamos para vocês, trazendo mais informação sobre o vício em videogames!

 

Sinais a serem observados

Menino viciado em videogames

O DSM-5 inclui uma seção para ajudar pessoas e médicos a conhecer os sinais de alerta de problemas com jogos. Esses problemas podem acontecer quer você jogue online ou offline.

Aqui está o que procurar em você ou em alguém próximo a você – seu parceiro, um filho ou um amigo. Você precisa ter cinco ou mais desses sinais em 1 ano para ter um problema, conforme critérios que foram propostos no DSM-5:

  • Pensar em jogar o tempo todo ou a maior parte do tempo
  • Sentir-se mal quando você não pode jogar
  • Precisar passar cada vez mais tempo jogando para se sentir bem
  • Não poder desistir ou até jogar menos
  • Não querer fazer outras coisas que você costumava gostar
  • Ter problemas no trabalho, na escola ou em casa por causa de seus jogos
  • Jogar, apesar desses problemas
  • Mentir para pessoas próximas a você sobre quanto tempo você passa jogando
  • Usar jogos para aliviar mau humor e sentimentos

Claro, nem todo mundo que joga muito tem problemas com jogos. Alguns especialistas dizem que é prejudicial rotular pessoas que podem estar muito entusiasmadas com jogos. Uma coisa com a qual eles concordam é que a porcentagem de jogadores que atendem aos critérios propostos para o vício em videogames é pequena. Estima-se que seja algo entre 1% e 9% de todos os jogadores, adultos e crianças. (É mais comum em meninos e homens do que meninas e mulheres.)

Pode ser útil começar fazendo algumas perguntas a si mesmo: seus videogames atrapalham outras coisas importantes em sua vida, como seus relacionamentos, trabalho ou a escola? Você sente que cruzou a linha entre gostar de jogar e ter que jogar? Você pode estar usando jogos para evitar um problema mais profundo, como a depressão?

Pode ser difícil ver um problema em si mesmo. A quantidade de tempo que você gasta jogando pode parecer boa para você. Mas se as pessoas próximas dizem que é demais, talvez seja hora de pensar em cortar.

Se você é um pai que está preocupado com a quantidade de tempo que seu filho passa jogando, veja como ele está indo na escola e com os amigos. Ter boas notas e um bom relacionamento com os pais são sinais de que o videogame de uma criança dificilmente será um problema.

 

Conseguindo ajuda

Obtenha ajuda do seu médico ou terapeuta – ou do pediatra do seu filho, se a pessoa com quem você está preocupado for seu filho ou filha – assim que você achar que a hora do jogo está ficando fora de controle .

Estudos sobre o tratamento do vício em videogames também estão nos estágios iniciais, mas uma terapia que pode ajudar é chamada de TCC ou terapia cognitivo-comportamental. Este é um aconselhamento de saúde mental que ensina como substituir pensamentos sobre jogos para ajudar a mudar o comportamento.

Se você é o pai de um jogador, um terapeuta pode mostrar como colocar limites no tempo de jogo do seu filho se você tiver dificuldade em dizer não. Um estudo descobriu que fazer dos pais parte do tratamento de uma criança faz com que funcione melhor.

 

Evitando um problema de jogo

Para manter a quantidade de tempo gasto jogando sob controle, tente estas dicas para adultos e crianças:

  1. Defina limites de tempo para jogar e cumpra-os.
  2. Mantenha telefones e outros aparelhos fora do quarto para não jogar noite adentro.
  3. Faça outras atividades todos os dias, incluindo exercícios. Isso diminuirá os riscos à saúde de ficar sentado e jogar por longos períodos de tempo.

Ninguém sabe se certos tipos de jogos são mais propensos a levar a jogos problemáticos. Por enquanto, certifique-se de que seu filho esteja apenas jogando jogos classificados para sua idade.

Fonte: WebMD

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